Segundo informou a Organização Mundial de Saúde, é esperado que três a quatro milhões de pessoas possam ser infectadas este ano com o vírus Zika. Isto, apenas nas Américas, refere a predição. A maior parte não mostrará quaisquer sintomas – mas a infecção foi relacionada com a microcefalia nos bebés.

Os Estados Unidos dizem esperar o começo de testes de uma vacina em pessoas em finais do ano.

O vírus Zika pode ser transmitido pelo mosquito aedes aegypti, presente na Madeira.

Margaret Chan, directora da OMS disse que este vírus passou de uma ameaça não muito significativa para uma de proporções alarmantes. E já estabeleceu uma equipa de emergência para acompanhar o problema. Esta comissão reunirá na segunda-feira para decidir se o Zika deve ser tratado como uma emergência global.

O vírus foi detectado pela primeira vez no Uganda, em 1947. Nunca, porém, houve um surto desta natureza.

Os primeiros casos de Zika foram reportados na América do Sul em Maio do ano passado.

O vírus espalhou-se, entretanto, a mais de 20 países na região. Ao mesmo tempo, houve um significativo aumento dos casos de microcefalia, ou seja, bebés nascidos com cabeças anormalmente pequenas, e a doença do sistema nervoso Síndroma de Guillain-Barre.

As populações de mosquitos deverão aumentar em muitas áreas da América do Sul este ano, devido ao fenómeno meteorológico El Niño.

No Recife, cidade do Brasil, passou-se de 5 casos de microcefalia por ano para 300 nos últimos seis meses.