Albuquerque “quer mandar os madeirenses de volta para as furnas”

Sérgio Gonçalves garante que está apostado em criar condições para melhorar o acesso à habitação e garantir a todas as famílias madeirenses o direito a uma casa digna, e diz que Albuquerque “quer mandar as famílias madeirenses de volta paras as furnas”.

O candidato do PS às eleições legislativas regionais do próximo dia 24 assegura querer inverter a realidade hodierna, marcada pelas dificuldades que os jovens sentem para comprar ou arrendar casa e pelo estrangulamento da classe média com o aumento das taxas de juro.

Hoje de manhã, à margem de uma iniciativa de campanha em Machico, Sérgio Gonçalves referiu que, com o PS a governar a Região, “serão estabelecidas parcerias com todas as câmaras municipais para a construção de mais habitações a custos controlados, às quais os jovens possam, de facto, aceder, para que tenham condições para constituir família”.

“Isto será feito com todas as autarquias, independentemente da sua cor política”, prometeu.

O incentivo às cooperativas de habitação é outra das medidas que pretende implementar. O candidato socialista apontou igualmente o compromisso de apostar na reabilitação do edificado, de modo a resolver as graves carências habitacionais.

“Não é aceitável que, após quase 50 anos de Autonomia e de governação do mesmo partido, continuemos a ter perto de 5 mil famílias em lista de espera para apoios habitacionais, que os jovens estejam impedidos de sair de casa dos pais porque não conseguem comprar casa e que as famílias da classe média estejam em risco de perderem as suas casas, porque o Governo do PSD-CDS se recusa a baixar os impostos e a implementar medidas de valorização dos rendimentos”, criticou Sérgio Gonçalves, acusando Miguel Albuquerque de, com esta postura, querer “mandar os madeirenses de volta para as furnas”.

O socialista ataca a governação social-democrata por ter negligenciado o setor da habitação, lembrando que a única entidade que construiu habitação social nas últimas décadas foi a Câmara do Funchal quando era liderada pelo PS, e dá conta da falta de estratégia governativa para o setor. Tanto assim é que, se não fossem as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, o Executivo “não teria feito rigorosamente nada”.