
O comandante José Minas, que lidera a corporação dos Bombeiros Sapadores do Funchal, admite dificuldades de intervenção no edifício da Insular, destruído pelo incêndio de sexta-feira, numa fase em que não há certezas quanto ao estado real do edifício: “Não é de ânimo leve que mando alguém lá para dentro”. Os meios, neste momento, circunscrevem-se a um carro pesado. “São os meios necessários para o trabalho que há a fazer nesta altura”, refere.
Desde então, passado a fase de combate, seguiu-se a permanência de uma força de prevenção, que deverá manter-se nos próximos dias, sendo que se trata de uma situação complexa do ponto de vista da intervenção, mesmo nesta fase. José Minas refere que “depois de extinto o incêndio, é preciso aguardar o arrefecimento, que se faz lentamente, visto que se não forem tomadas as devidas precauções, vem tudo por lá abaixo. Hoje, pediram-nos para começarmos a extinguir alguns pequenos focos de reacendimento, bem como verificar alguns travejamentos. Estamos numa fase em que, agora, eles é que nos devem dizer o que fazer para colaborar no sentido de criar condições para execução dos trabalhos a desenvolver no local”.
Recorde-se que numa outra peça, hoje publicada pelo Funchal Notícias, o diretor do Laboratório Regional de Engenharia Civil tinha afirmado que os trabalhos de avaliação da estrutura do edifício, seriam adiados para amanhã, terça-feira, e mesmo assim se estiverem reunidas as condições. O dia quente e os reacendimentos impediam o desenvolvimento do trabalho técnico que, tanto o LREC como a Polícia Judiciária, vão executar no sentido de posteriores indicações, relativamente ao estado do que restou do prédio, bem como à investigação tendente a concluir da responsabilidade pelo fogo.