Hoje, milhares de alunos iniciam as suas aulas nas escolas da Região. Uns mais confiantes e determinados que outros, é bom lembrar sempre que a escola deverá ser um espaço de conhecimento e de felicidade mas também de trabalho.

Os pais precisam de incutir nos filhos a cultura do esforço para que o conhecimento seja possível e, com ele, o sucesso. A conversa de “aprender a brincar” fica com alguns psicólogos, cuja opinião se respeita,mas, na prática, só aprende quem efetivamente se abre ao conhecimento e tem hábitos de trabalho.

Neste regresso à escola, o FN sugere umas dicas a toda a comunidade escolar.

• mentalização de todos para a mudança de ritmos e horários que deverá ser gradual.
• preparação e organização do material, com a supervisão dos pais: esta tarefa não se aplica apenas aos pais de alunos do I ciclo mas também do ensino secundário, apesar de haver mais autonomia neste nível.
• entender as escolas não como depósito dos filhos mas como um espaço de educação, com horários a cumprir por parte de todos.
• toda a família, e não apenas o aluno, deverá cultivar hábitos de deitar-se mais cedo, por forma a que o aluno esteja na escola às 08H00, em nome da pontualidade e assiduidade.
• controlo do uso do computador: a partir do início das aulas, reduzir consideravelmente o tempo de lazer na Net (jogos, chats) e entender esta tecnologia como uma ferramenta de trabalho e de estudo. Supervisão obrigatória dos pais. Caso contrário, o rendimento escolar dos alunos será deficiente devido ao facto de o aluno não dormir as oito horas mínimas e andar ansioso com o ritmo alucinante dos jogos on line e chats.
• Conversa prévia, ao longo desta primeira, da importância dos valores: o respeito mútuo, a disciplina, a tolerância, a humildade e a solidariedade.
• Manter um postura de diálogo pais-filhos para acompanhar a evolução das aulas, por forma a atalhar atempadamente potenciais conflitos ou situações problemáticas.
• incutir nos estudantes a obrigatoriedade de se apresentar na escola com o material solicitado e isto inclui também os alunos do ensino secundário de todos os níveis: cartão de identificação, manuais e outro material.
• ensinar a lidar com a frustração e a ultrapassá-la com bom senso: de um horário menos agradável, de uma nota inesperada ou de uma situação desagradável. 
• definir regras de estudo (horários) e de outras atividades de lazer, em nome de um conciliação saudável.
• gerir bem o dinheiro que as famílias dão aos filhos para a escola, sensibilizando-os para uma cultura de poupança e de moderação nos ímpetos consumistas.
• sempre que possível, as famílias devem almoçar com os filhos, para estabelecer um diálogo com os filhos e medir o “pulso” à situação escolar, entre outros aspetos.
• falar, em casa, de forma elogiosa da escola e da educação para construir uma cultura de respeito e credibilidade pelo ensino e todos os seus protagonistas.
• Apesar do regresso à escola, definir tarefas diárias de trabalho em casa, por parte dos estudantes, nomeadamente a preocupação de arrumar o quarto, organizar o material e ajudar nas tarefas domésticas.
• Incutir nos jovens uma atitude de compreensão e tolerância para com os colegas deficientes.
• Estabelecer contactos regulares entre pais-diretores de turma.

É de salientar que algumas destas dicas não são apenas para ter em conta no início mas ao longo de todo o ano, num esforço concertado entre pais e professores.