A coligação “Confiança” vem apontar, na sequência da reunião de câmara de hoje, que a dívida da Câmara Municipal do Funchal no ano de 2022 situa-se nos 45 milhões de euros, representando um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior, sendo que as dívidas a fornecedores e outros credores também acompanharam esta tendência de crescimento, atingindo máximos dos últimos 5 anos e cifrando-se em cerca de 5 milhões de euros.
Por outro lado, refere a coligação, as receitas municipais também aumentaram em 21 milhões de euros com destaque para a cobrança recorde de impostos (directos e participação de IRS) que superou em 16 milhões de euros o ano anterior.
Na reunião de câmara desta semana foi entregue aos vereadores a prestação de contas do município do Funchal referente ao exercício de 2022, cuja análise comprova a inversão das políticas de redução do endividamento municipal implementadas pela Confiança e ainda a cobrança de mais impostos aos funchalenses.
“Esta gestão do PSD está à altura do seu legado histórico, retomando o caminho do endividamento, que chegou a ultrapassar os 110 milhões de euros, e batendo recordes de cobrança de impostos sobre os funchalenses enquanto isenta o seu pagamento aos lucros das grandes empresas”, acusa o vereador Miguel Silva Gouveia.
Para o mesmo, “não é compreensível que, numa altura em que os nossos munícipes mais precisam para fazer face ao aumento do custo de vida, o actual executivo coloque dinheiro no banco a render enquanto acumula 5 M€ de dívidas a fornecedores e promove cortes de 1,7 M€ nos subsídios e nas transferências para as empresas, associações e famílias.”, lamenta o autarca, prometendo que a equipa da Confiança irá “dissecar este relatório do primeiro ano de gestão do actual executivo para escrutinar o que se esconde por baixo das densas camadas de propaganda”.
No Período Antes da Ordem do Dia (PAOD) os vereadores eleitos pela Confiança abordaram alguns assuntos colocados por munícipes como: (i) a falta de limpeza em terrenos propriedade do município que representam focos de insalubridade, (ii) a falta de qualidade das águas balneares que têm causado apreensão em muitos banhistas e à qual o executivo não tem qualquer resposta, (iii) a implementação do Relatório de Avaliação do Grau de observância pelo Estatuto do Direito e Oposição, (iv) o balanço da Semana da interculturalidade que afinal resume-se a uma exposição no átrio dos Paços do Concelho, (v) a obra que se eterniza no Caminho do Meio que desespera automobilistas e moradores, e (vi) o estado do concurso dos para admissão ao curso de promoção para a acesso à categoria de Subchefe de 1.ª classe nos Bombeiros Sapadores do Funchal.