A OFITE | Oficina de Teatro do Estreito, estreia a 17 de março, às 21h, a sua mais recente produção “D. Quixote e Sancho Pança” a partir de Miguel de Cervantes, com direção artística de Zé Abreu. Serão ainda apresentadas em março, no Auditório Maestro João Victor Costa – Centro Cívico do Estreito, mais 8 sessões, nomeadamente, nos dias 18 (21h), 19 (17h e 19h), 24 (21h), 25 (21h), 26 (17h e 19h) e uma última sessão, no dia 27 de março, às 20h, no âmbito das celebrações do Dia Mundial do Teatro. As reservas para assistir ao espetáculo podem ser feitas através do telefone: 291 910 040.
Miguel de Cervantes, nasceu em 1547 e morreu a 22 em 1616. Foi um romancista, poeta e dramaturgo espanhol. A sua obra-prima, D. Quixote, é muitas vezes considerada, o primeiro e dos melhores romances modernos, da literatura ocidental. D. Quixote é um dos livros mais populares de todos os tempos. Estima-se que só esteja atrás da Bíblia no ranking dos best-sellers mundiais. Em maio de 2002 a obra foi eleita a maior criação ficcional até hoje produzida, numa eleição instituída pelo Clube do Livro Norueguês. Desde a 1.ª edição já vendeu mais de 500 mil cópias. Mexeu com a imaginação de vários pintores como Pablo Picasso, Salvador Dali, Francisco Goya. A obra teve diversas releituras na rádio, televisão, cinema, teatro, dança, ópera, entre outras áreas.
Nesta obra o seu protagonista, D. Quixote, é um personagem inesquecível e imortalizado pelos leitores ao longo das épocas. Trata-se de um nobre espanhol, já com uma idade avançada, que passa a ter alucinações depois de ler com muita frequência romances de cavalaria. E por acreditar que as ações heroicas praticadas pelas personagens das novelas, decide também transformar-se num cavaleiro. E assim vai pelo mundo fora, enfrentando diversos perigos criados pela sua imaginação, como, defrontando os célebres moinhos de vento, confundindo-os com um grupo de gigantes inimigos. D. Quixote também, conhecido como o cavaleiro da triste figura, com o seu cavalo rocinante e idealizando a sua Dulcineia, segue algumas aventuras na companhia do seu fiel servidor, Sancho Pança.
Os dois amigos simbolizam universos diferentes, embora pareçam caminhar na mesma estrada. Sancho Pança tem os pés mais próximos do real, enquanto Dom Quixote vive e atua mais, na esfera do imaginário. Sancho Pança é definido por Cervantes, como um “homem de bem, mas de pouco sal na moleirinha”. É o representante do bom senso e é para o mundo real, aquilo que Dom Quixote é para o mundo ideal.
Nesta peça proposta pela OFITE narra-se a vida de D. Quixote, um fidalgo obcecado por histórias de cavalaria que abraçou a loucura para viver aventuras fantasiosas. Segundo o diretor artístico da OFITE, o projeto artístico “D. Quixote e Sancho Pança” é um espetáculo de teatro ousado, inteligente, com graça e imensa ternura. Procuraram adaptar e criar um espetáculo com diversão e humor cervantino.
A OFITE é uma companhia de Teatro e Comunidade, que surgiu em 2016. Têm como objetivos, criar intervenções de performance artística, recorrendo ao teatro e à poesia para usufruto da comunidade. A companhia afirma-se no concelho e região, como uma estrutura teatral capaz de criar, promover e divulgar espetáculos e ações, dirigidas ao público em geral. Para a OFITE, uma companhia teatral, só faz sentido, quando apresenta com regularidade, projetos teatrais que envolvam a comunidade. O grupo atualmente é constituído por 17 elementos. A maioria são residentes na freguesia do Estreito, mas também conta com elementos de Câmara de Lobos, Funchal e Ponta do Sol. Assim, com esta proposta de teatro pela OFITE, prepare a sua imaginação e parta com D. Quixote e Sancho Pança, em busca de novas aventuras para um mundo mais justo. Porque o teatro que nos une é a arte que nos fortalece.