A Câmara Municipal de Santa Cruz está a trabalhar em mais um programa social que visa a ajuda ao pagamento das creches no próximo ano, referiu o presidente da Câmara, Filipe Sousa. Isto aconteceu no decorrer da discussão do pacote fiscal para o próximo ano, altura em que a Coligação Cumprir Santa Cruz acusou a actual gestão camarária de praticar uma “política de Robin dos Bosques, tirando aos ricos para dar aos pobres”. A Coligação está contra a cobrança da Derrama e quer mais devolução de IRS à população.
Em resposta, tanto Filipe Sousa como Élvio Sousa defenderam que o PSD não tem legitimidade para falar em redução de impostos, não só porque não pratica tal política no Governo Regional, como também não a pratica em algumas câmaras do PSD. Além disso, “quem previa um aumento generalizado de impostos até 2033, através do PAEL assinado pelo PSD e que foi travado pelo JPP, só tem legitimidade para falar de reduções depois dessa data”, acusaram.
Filipe Sousa referiu que a política fiscal tem realmente o objectivo de pedir um pequeno esforço a quem pode para ajudar os que mais precisam, pelo que concordou com o PSD de que é realmente uma política de Robin dos Bosques. Recordou os programas sociais da autarquia na saúde, na educação, na emergência social, aos quais se irá juntar o novo programa de ajuda ao pagamento das creches, que poderá chegar aos 100%.
Filipe Sousa frisou a justiça praticada num imposto como o IMI, que o PSD queria colocar à taxa máxima em 2013, pretensão essa que foi travada pelo JPP, que optou por cobrar a taxa mínima.
Realçou, por outro lado, que o IMI familiar devolve 150 mil euros anuais às famílias e que a taxa mínima devolve 3,2 milhões por ano aos munícipes de Santa Cruz.
Filipe Sousa lembrou o que ainda representa a “gestão desastrosa do PSD em Santa Cruz” que tem um peso de dois milhões por ano e que se prolongará até 2026.
Na reunião foi ainda aprovado o aumento da taxa turística de um para dois euros.