D. Fisichello, homem de confiança do Papa, pede no Funchal aos leigos que evitem as divisões e invejas

D. Rino Fisichello falou, ontem à noite, para os leigos na Igreja do Colégio, lembrando que, mais do que as intenções e a retórica, é preciso testemunhar Cristo no dia a dia, com testemunhos vivos de Fé. Fotos e vídeos FN.

Pela segunda noite consecutiva, um dos braços direito do Papa Francisco, o arcebispo Rino Fisichello, esteve ontem na Igreja do Colégio com o objetivo de partilhar a sua visão do papel dos leigos na igreja, perante um vasto auditório de participantes. Uma presença de renome na Semana da Atualização do Clero, Leigos e Consagrados. Como disse o Bispo da Diocese do Funchal, D. Nuno Brás, “é um luxo” para a Madeira ter a oportunidade de usufruir, em direto, dos ensinamentos do presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização e um dos homens de confiança do Papa Francisco para mudar o compasso atual da evangelização, tarefa hercúlea num mundo cada vez mais indiferente e agnóstico.

Com muita simplicidade e humildade, e pondo de parte “a retórica”, o arcebispo começou por partir de um princípio comum: “Devemos reiterar que é necessário que os cristãos tenham uma nova consciência, que se tornem capazes de entrar no coração das culturas, de as conhecer, compreender e orientar para aquele desejo de verdade que pertence a cada homem e a cada mulher à procura do sentido da sua própria vida”.

No entanto, fora do discurso, lido, e respondendo às questões do público, D. Fisichello advertiu para a necessidade de cortar com os ciúmes e invejas que por vezes minam a relação dos leigos uns com os outros e a própria igreja. “Todos são necessários” e neste serviço à igreja tem de haver o sentido da “comunidade, comunhão” e ainda da “complementaridade”. Ninguém é superior ao outro, mas todos são complementares. No clima de disputa ou invejas, “Deus não está aí”.

 

O arcebispo aludiu às virtudes e sombras da “cultura digital”, a que a evangelização moderna não pode ser indiferente, mas deixou claro que “o encontro interpessoal é verdadeiramente a carta vencedora”, sem a qual estaremos diante da “virtualização da evangelização”.

 

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De um modo sucinto, o orador lembrou aos presentes que o homem deve ser “cristóforo”, no sentido em que todos devem anunciar e levar Cristo, portanto, “é tempo de escancarar as portas e voltar a anunciar a ressurreição de Cristo da qual todos nós somos testemunhas”.