PS-M quer renegociação das PPP com a Via Litoral e a Via Expresso

O PS-Madeira defendeu ontem uma renegociação entre o Governo Regional, a Vialitoral e a Viaexpresso, para uma redução das verbas que são pagas anualmente a estas concessionárias.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, o presidente do PS-M afirmou que os madeirenses vivem tempos difíceis que exigem medidas excecionais. “A situação económica e social na Região está a agravar-se. No que diz respeito aos números do desemprego, no mês de Agosto houve um crescimento cinco vezes superior na Madeira do que a restante média nacional”, apontou, considerando necessário um programa estratégico para aplicar os fundos europeus que a Região irá receber e para que se verifique um corte nos gastos. “Nós precisamos de olhar para o orçamento regional e ver onde é que podemos cortar, para alocar essas verbas para quem mais precisa, nomeadamente para o apoio social, mas também para a recuperação da economia”, declarou Paulo Cafôfo.

O líder do PS-M e deputado socialista adiantou que esta semana será debatido na Assembleia Legislativa um projecto de resolução “para que haja uma negociação entre o Governo Regional, a Vialitoral e ViaExpresso, para que haja uma redução no valor anual que é pago pelo Executivo a estas concessionárias para a manutenção e exploração da via rápida e da via expresso”.

De acordo com Paulo Cafôfo, o Orçamento Regional de 2020 contempla uma verba de 82 milhões de euros para a manutenção e a exploração destas vias, valor que é calculado consoante o volume de tráfego e as despesas de manutenção.

Ora, com o confinamento, houve uma redução da actividade económica, o que significa que o volume de tráfego e o impacto sobre as vias é menor. “Se temos menos viaturas a circular, devido à pandemia mas também devido à actividade económica, se a degradação das vias é menos impactante porque há menos carros a circular, aquilo que deve ser feito é uma negociação para que haja uma redução desta verba anual”, preconiza Cafôfo.

O PS já apresentou esta proposta quando o vírus surgiu. Em Abril, o presidente do Governo afirmou que iria proceder à renegociação, mas, aponta Paulo Cafôfo, no final do mês de Setembro  ainda “nada foi feito”.

“Poderíamos estar a poupar pelo menos 25 milhões de euros”, insistiu.