Albuquerque enalteceu papel cultural e promotor do projecto Madeira

O Museu da Quinta das Cruzes acolheu ontem a apresentação pública do projecto “Madeira”, de divulgação da Região, com o apoio de cantores madeirenses. Na oportunidade estiveram presentes, entre outras personalidades, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus.
Uma oportunidade para o chefe do Executivo madeirense, que, como se sabe, gosta de música, toca piano e tocava ocasionalmente com outros músicos em conjunto, recordar um passado em que a aprendizagem musical se fazia de forma muito rudimentar embora importante nas bandas filarmónicas, e o conhecimento musical era limitado a um número muito pequeno de jovens. Nada a ver com a realidade de hoje em dia, onde o acesso ao ensino musical chega a quem o desejar no arquipélago. Recordou o pioneirismo daqueles que, no âmbito da música ligeira, se aventuraram num percurso profissional na Região. Nesse sentido, lembrou Vasco de Freitas, que disse sempre ter admirado pela sua versatilidade e viver do mercado da música na Madeira, tocando nos arraiais e não só. Por outro lado, disse que Vítor Sardinha é o melhor guitarrista da Madeira. Mesmo que não seja o mais exímio, disse, em “ronha” ninguém o bate.
Por outro lado, considerou o evento “Funchal a Cantar” como um marco no surgimento de uma nova geração de intérpretes vocais madeirenses, entre os quais se conta Vânia Fernandes. As políticas de educação e formação, realçou, também ajudaram a formar novos intérpretes. “Actualmente qualquer jovem na Madeira tem a possibilidade de acesso a aulas de arte, de música. E eu fico muito satisfeito, nunca pensei viver para ver um dia os jovens terem acesso à arte e à educação como hoje têm”.
Referindo-se ao actual período de pandemia, que classificou como “uma situação difícil”, disse que “temos de ter fé” e trabalhar para ultrapassar esta situação.
“Temos que nos lembrarmos dos nossos antepassados, que tanto sofreram para assegurar a sua sobrevivência”, recordou. “Apesar das dificuldades, vamos ultrapassar esta situação”, prometeu.
A ideia deste projecto, que procura promover a RAM com recurso à música, “foi também nós colaborarmos” apesar da pandemia e das restrições, “a nunca abandonar a Cultura”, pois no dia em que isso acontecer “está tudo perdido”.