PCP propõe programa de emergência económica para a ilha do Porto Santo

O PCP apresentou na Assembleia Legislativa da Madeira um programa de emergência económica para a ilha do Porto Santo, através do seu deputado Ricardo Lume. Para os comunistas, “perante o cenário de retrocesso económico, de rupturas no frágil tecido empresarial, de recurso ao lay-off, de cortes nos salários, de novos processos de despedimento e de desemprego, face às situações de extrema precariedade social, perante os impactos da COVID para a Região Autónoma da Madeira, torna-se inadiável a concretização de contramedidas mais audaciosas no campo económico e social”.

No momento presente, refere uma informação, “estão profundamente vincados os efeitos não só da dupla insularidade, mas também da crise económica e social agravadas pela pandemia provocada pelo COVID-19 e pelos condicionamentos impostos pelo declarado “estado de emergência”. Se a Região é muito afectada por todo este processo, mais ainda se fazem sentir os efeitos adversos na ilha do Porto Santo”, diz um comunicado.

“Com uma economia dependente do turismo, o Porto Santo ressente-se, de forma indesmentível, dos impactos decorrentes de todo um conjunto de problemas para os quais não foram ainda criadas contramedidas eficazes, não obstante as intenções anunciadas até agora pelos governos da República e da Região Autónoma da Madeira e pelos esforços desencadeados pelo Poder Local”, opinam os comunistas.

Os mesmos salientam a necessidade de “urgentes medidas multi-sectoriais que possibilitem vencer constrangimentos inerentes à insularidade distante, que compensem as rupturas do tecido empresarial, que respondam ao contexto de retracção económica”.

No programa de emergência económica para a ilha do Porto Santo o PCP contempla “vectores multi-sectoriais e uma orientação prioritariamente virada para a promoção do desenvolvimento humano e social, dará especial atenção às seguintes áreas de intervenção estratégica: a coesão social; os serviços vocacionados para a promoção da saúde; o incremento de reforçados programas socioeducativos; a economia do turismo e a requalificação da oferta turística; a afirmação de um perfil energético alternativo; a projecção de mais amplas soluções de transporte de passageiros e de mercadorias; a definição de mais ambiciosas políticas de mobilidade aérea e marítima; a concretização de apoios financeiros extraordinários a projectos para a agricultura e florestação; a valorização das vertentes específicas da economia do mar, pescas e recursos marinhos; o investimento público no ordenamento do território e do ambiente; o relançamento, através de incentivos locais, das actividades da construção civil; a aposta na qualificação da população activa; a concretização de medidas de combate ao desemprego”.