O PCP/Madeira deu hoje entrada na Assembleia Legislativa da Madeira com dois diplomas relativos à situação do BANIF, que consideram preocupante: um projecto de resolução a requerer que o Governo Regional, junto com o Governo da República, até metade do corrente ano 2018,  defina compromissos resolutivos em tudo o que são os problemas referentes aos lesados do  BANIF; e um voto de protesto sobre o colapso desta instituição bancária,  “particularmente ligada às actividades da RAM e a actos do Governo Regional, e que culminou num rasto de lesados e de prejuízos públicos, em contraste com uns poucos que ganharam milhões ao beneficiaram da concessão de créditos, sem controlo e sem garantias de retorno”.

Todo este processo traduz-se, no entender do PCP, “pelo uso abusivo de dinheiros dos depósitos dos clientes para especulações financeiras e para beneficio de projectos de empresas “amigas” próximas do grupo, e  sem qualquer segurança de retorno desses créditos, numa evidente promiscuidade entre o poder económico e o poder político, colocando o BANIF sobretudo ao serviço dos seus accionistas e amigos. O resultado desta gestão danosa caiu em cima dos portugueses, com consequências no desenvolvimento regional e nos denominados “lesados do BANIF”, residentes na Região Autónoma da Madeira ou da Diáspora, que perderam as suas poupanças de uma vida, ao confiarem os seus bens ao banco e este os ter enganado quando lhes dizia que estavam a  investir em depósitos a prazo ou num activo capital garantido, quando na verdade estavam a investir em produtos de risco que essas pessoas nem conheciam”.

O PCP insiste que é mais do que tempo do Governo Regional e o Governo da República  assumirem, não uma eventual resolução, como vieram dizer  a público, mas sim um compromisso resolutivo para acorrer a estas pessoas lesadas.