O Turismo na Costa Norte foi o tema das jornadas parlamentares do Juntos Pelo Povo (JPP), ontem, terça-feira, 21 de Junho. Diversos intervenientes directos nesta área – como hoteleiros, agentes associados ao turismo rural ou a actividades turísticas – reuniram-se no Núcleo Museológico da Rota da Cal, em São Vicente, para abordar a temática, deixar testemunhos directos sobre as principais preocupações ou os pontos positivos que têm experienciado, tendo em vista a melhoria do sector, informou o partido.
O líder do Grupo Parlamentar do JPP salientou a “importância de analisar e discutir os problemas do turismo no norte para perceber que esta área precisa de necessidades específicas”, atendendo ao mercado da Região.
“Salientamos a necessidade da promoção do Norte da Madeira nos países do Norte da Europa, com excepção da Inglaterra, porque os ingleses são mais dados aos ares do Sul. Há que corrigir esta situação, apostar mais na promoção junto aos países nórdicos, que procuram a pacatez que a zona norte da Madeira oferece, através destas paisagens exuberantes”, salientou Élvio Sousa.
E no contexto paisagístico, outro aspecto importante, salientado ao longo destas jornadas, é “a necessidade de haver promoção da agricultura familiar, assegurando os níveis de água de rega que permitem esta prática e que concedem a paisagem agrícola de referência da ilha, que tanto encanta os turistas”.
Élvio Sousa realçou ainda a importância de pensar o turismo, em termos de futuro, através de um projecto de viabilidade turística: “É preciso perceber o que é que o turista procura. E atualmente os interesses de quem nos visita vai além da hotelaria, os turistas querem actividades complementares. Por isso, é fundamental para a promoção deste destino turístico haver um estudo de mercado de viabilidade turística, tendo em conta o que os turistas procuram, quando visitam a Madeira e o Porto Santo”.
Outro entrave nesta área diz respeito à falta que o ferry faz ao turismo rural. “A ausência de uma ligação marítima, como já tivemos na Madeira, está a prejudicar o turismo rural, uma queixa dos agentes turísticos que vem reforçar a necessidade de restabelecer esta linha de ferry entre a Madeira e o continente”, reforçou Élvio Sousa.
