Depois da ‘tempestade’ vem a bonança

Rui Marote (texto e fotos)

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Há males que vêm por bem. Os madeirenses, depois da traumática experiência do 20 de Fevereiro de 2010, sempre que está anunciada uma chuvinha, recolhem imediatamente a suas casas.Mas a amostra de tempestade que assolou o Funchal no final da tarde de ontem foi boa para a cidade, lavando as ruas, desentupindo as sarjetas e ajudando a limpar os ‘lagos’ de urina que, lamentavelmente, se acumulam a cada recanto no rescaldo das muitas festas e do álcool que nelas corre a mais, entorpecendo o civismo.

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A edilidade só tem que agradecer: os passeios e as ruas voltaram a ter cor e os jardins foram regados. Tudo a custo zero.

Entretanto, as calamidades que vão sendo divulgadas nos telejornais e que ocorrem noutras partes do mundo colocam a Madeira na categoria de terra abençoada, embora por aí haja muitos espíritos destruidores.

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Tudo o que foi atingido está já recuperado: a árvore de Natal da praça junto ao porto voltou a ser erguida, as estrelas que tinham caído por terra já ‘brilham’ novamente e a árvore de Natal da praça do povo foi reforçada na sua base.

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Na nova marina, uma estreia: o catamarã ‘Sea The Best’ refugiou-se na mesma, e deverá receber os seus passageiros neste local, nas futuras viagens.

Na manhã de hoje, um mergulhador reforçou as amarras destes catamarãs, fundeados entre o cais da cidade e a Pontinha, uma vez que uma das amarras partiu.

Quanto à marina do Funchal, os estragos registaram-se nos pontões à entrada da mesma, que se partiram.

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Hoje de manhã, os veleiros ali instalados foram deslocados, provisoriamente, para o pontão sul.

Resta salientar que os ‘fingers’ partidos já têm mais de duas décadas. A GNR e a Polícia Marítima, entretanto, continuam de prevenção, embora as condições marítimas tenham registado uma melhoria.

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Um reparo: há mais de um ano que o cais entre a ribeira de São João, na zona de São Lázaro, e o cais norte continua sem utilidade. O problema deve-se ao assoreamento desse pontão, que só tem dois metros de profundidade. Barcos de um determinado calado não o podem utilizar.

Aguarda-se há um ano o desassoreamento. Embora esteja no caderno de encargos da construtora desse pontão, tem caído em esquecimento. E a APRAM tem fechado os olhos…

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