Até na Arábia há tapumes em condições a disfarçar as obras; na marina do Funchal é que não…

Rui Marote
Há coisas que me saltam à vista a milhares de quilómetros da cidade do Funchal. Tudo por causa de idênticas sugestões já publicadas no Funchal Notícias e mal compreendidas, nomeadamente no caso dos tapumes limitando e protegendo obras em curso. Na Arábia Saudita, na cidade de Jeddah, está em construção o Yacht Club. E uma marina. Mas tem-se o cuidado de aplicar um tapume “camuflando” a obra em curso, criando uma muralha verde artificial de arbustos, com o símbolo do clube. Não se coloca uma “muralha de zinco”, como na marina do Funchal.
Isto até não é nenhuma novidade para a Madeira. A  AFAVIAS já o vem fazendo há muitos anos .Recordamos a obra do Savoy, decorada com fotos do projecto interior e exterior numa zona nobre da cidade, elucidando nacionais e estrangeiros e ao mesmo tempo reduzindo um pouco o impacto visual das obras. Foi no Savoy, foi na Insular de Moinhos, e noutras obras dessa empresa dentro da cidade.
Intervenção do ministério da Cultura na cidade velha
Nos anos 50 e 60, a vinda do circo Royal ao Almirante Reis no Natal tinha uma área circular de folha de zinco,  somente a cobertura do tecto era de lona. Mas hoje o circo é de lona e pintado… há mais bom gosto.
Até no aeroporto se encontram tapumes adequados
Estão a decorrer presentemente as obras da Marina do Funchal, e a nossa “Corniche“, ou seja, área privilegiada de vista mar, está cercada de folha metálica, sem que a APRAM ou o empreiteiro tivessem colocado no caderno de encargos mais uns euros para colocar diversas fotos grandes do projecto fazendo esquecer os transtornos das obras apesar de tudo necessárias. O tapume está colocado na área da CMF, mas Pedro Calado, ex-responsável pela área dos portos, fez vista “grossa“ esquecendo as licenças e as taxas na colocação desta “cerca”.
O proprietário da esplanada “Vermelhinho”, por iniciativa própria, e aguardando autorização, lá irá colocar uma lona em frente ao café com a imagem do Porto do Funchal, para tornar a área mais agradável aos transeuntes, já que as obras de prolongarão durante uns dois anos.
Afinal o terceiro mundo onde fica? Aqui na Arábia não é!