O grupo municipal do “Funchal Sempre à Frente” considera que “propor em 2002 a devolução do IRS que se roubou ao Funchal em 2021 é gozar com as pessoas”. Por isso, na sequência da proposta de deliberação da Coligação “Confiança”, que será submetida à próxima reunião de Câmara e que propõe o aumento da devolução da participação municipal no IRS às famílias, a Coligação Funchal Sempre à Frente esclarece o seguinte:
“Ainda não refeita da estrondosa derrota eleitoral do último ano e incapaz de aceitar a avaliação negativa que os Funchalenses fizeram de oito anos de governação socialista na cidade, o que resta da Coligação “Confiança” entendeu presentear os Funchalenses com uma proposta de deliberação que não passa de um exercício de amnésia política com o único objectivo de, mais uma vez, atentar contra a inteligência e a memória da população”, referem os social-democratas.
“Aproveitando-se das dificuldades económicas sentidas pelas famílias, provocadas pelo governo socialista na República, a coligação “Confiança” propõe que a Câmara Municipal do Funchal aumente devolução da participação a que tem direito no imposto sobre o rendimento das pessoas singulares”.
“Embora lhe chame de “opção histórica”, esqueceu-se a malograda Coligação da história recente da sua própria governação da cidade. Especialmente, se recordarmos que, em Dezembro de 2020, ao contrário do que seria normal, e até seguindo a tendência regional de alívio das medidas de restrição financeira impostas às famílias, o Executivo presidido por Miguel Gouveia não só não submeteu à Assembleia Municipal o documento que permitiria o alívio da carga fiscal imposta sobre os seus Munícipes, como não efectuou qualquer comunicação à Autoridade Tributária (AT), impedindo que, face aos rendimentos de 2021, houvesse a justa devolução de IRS em 2022. Ou seja, a política de Miguel Silva Gouveia, em 2021, roubou aos Funchalenses, em 2022, cerca de 3 Milhões de euros”, acusa a coligação.
“Se, em 2022, os Funchalenses não receberam um cêntimo da participação municipal do IRS devem-no, única e exclusivamente, à irresponsabilidade fiscal da Coligação “Confiança” e dos partidos que a apoiavam”, insistem os social-democratas.
“Não fosse grave, o suficiente, esta falta de memória, a “Confiança” não se coibiu de elevar a fasquia da hipocrisia ao limite, propondo devolver aquilo que roubou ao Funchal em 2021; no entanto, podem os Funchalenses estar tranquilos, uma vez que está já garantida a justa devolução de IRS, em 2023, por comunicação atempada, à AT, em Dezembro de 2021, pela actual vereação da Coligação Funchal Sempre à Frente. Assim sendo, a proposta de deliberação agora apresentada pela Confiança só pode ser entendida como um mero exercício de penitência por pecado próprio”, conclui a nota enviada à comunicação social.