Quase meio milhão para aplicação para telemóvel “Madeira Safe”

A empresa SH SeeHealth, Lda., já ganhou até à data 485.619,38 euros com os serviços prestados ao Governo Regional da Madeira, por ajuste directo, na “Aquisição de serviços de manutenção e desenvolvimento da aplicação informática “Madeira Safe” com o objectivo de registo, acompanhamento clínico de visitantes e monitorização de fluxos – “Contingência COVID-19”, conforme pode ser consultado no site dos contratos públicos online base.gov.pt

Em Abril deste ano, a empresa lucrou 202.059,38 euros com o mesmo fim. A 3 de Setembro último, foi celebrado novo contrato como se pode ler acima, com o valor de 283,560,00 euros, com um prazo de execução de 119 dias e cujo ajuste directo é justificado pelo Governo Regional, por “ausência de recursos próprios”.

A situação está a gerar alguma perplexidade em pessoal ligado ao sector, que estranha que apenas alguns meses depois, e com a suposta justificação de fazer a manutenção de uma aplicação informática, se reforce a verba num montante que dá, num ano, 23 mil euros por mês.

“Toda a gente sabe que uma aplicação muito melhor do que aquela custa menos de 50 mil para criar e manter durante 12 meses, basta ver as outras aplicações do género que foram criadas a nível nacional. Que têm muito mais funcionalidades do que esta”, disse ao FN fonte credível, que questiona se tal dinheiro, quase meio milhão, não seria melhor empregue no reforço de equipamento e pessoal no sector da saúde.

A SeeHealth apresenta-se como uma empresa de ciência, tecnologia e engenharia. Esta firma madeirense fica sediada no Funchal, na Rua Fernão de Ornelas, 56, 4º andar. Foi constituída a 04/11/2020. Pedro Bernardino Vieira Paixão é um dos sócios (gerente), sendo o outro a VIPAPAR – SGPS Lda., com sede na Av. Fontes Pereira de Melo, Palácio Sottomayor, 16, em Lisboa, outra empresa em que Pedro Paixão é sócio, juntamente com Andreia Raquel Marques Fragata Obalhe.