PS critica Marco Gonçalves por ser “meio-presidente” em São Martinho

O PS-M de São Martinho veio discordar da opção do actual presidente da Junta de São Martinho de estar ausente em metade do tempo a que tem direito pela legislação em vigor, contrariando o que tem sido hábito em anos anteriores. A situação, dizem os socialistas, prejudica os munícipes.

A opção foi dada a conhecer esta semana à Assembleia de Freguesia pelo novo Executivo e que mereceu desde logo o reparo deste grupo. Segundo os elementos socialistas, esta opção “defrauda os anseios da população, nomeadamente dos que votaram neste candidato, julgando que estavam a escolher alguém que teria tempo para se dedicar à freguesia em detrimento da sua vida pessoal mas, após ganhar as eleições, ficou demonstrado que não tem disponibilidade para ocupar um cargo público a tempo-inteiro”.

Para Cátia Pestana, vogal do PS de São Martinho, “o novo responsável pelo executivo de São Martinho contraria o que tem sido hábito em anos anteriores, nomeadamente nos dois mandatos de Duarte Caldeira Ferreira, em que a opção foi a de se dedicar a tempo-inteiro à função de Presidente da Junta como é normal perante os desafios de uma freguesia com mais de 27 mil habitantes.”

O grupo PS de São Martinho lembra que as freguesias portuguesas têm travado uma longa luta pelo reconhecimento da importância do Poder Local. Refere ainda que o direito de ter um presidente a tempo-inteiro nas freguesias tem sido uma das maiores batalhas que o país tem enfrentado ao longo dos últimos anos. Uma situação comprovada pelas muitas conquistas em diversos palcos, nomeadamente no seio da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias.

Como tal, o PS só encontra justificação na “falta de conhecimento, impreparação e desmotivação de Marco Gonçalves relativamente à realidade e ao desafio que o mesmo enfrenta”, reza um comunicado.