Os deputados do PSD têm uma versão diferente da narrativa do executivo de Miguel Gouveia, quanto aos trabalhadores da empresa Frente Mar Funchal. Dizem os social-democratas, como o CDS já disse, que “garantem os salários e salvaguardam os direitos dos trabalhadores” da empresa municipal.
O PSD, afirmam, exige rigor e transparência quanto ao futuro da empresa e dos seus trabalhadores, congratulando-se pelo facto de ter sido aprovada a transferência de verbas, por parte da autarquia, à empresa – de modo a salvaguardar os salários – mas, também, a partilha de toda a documentação – até agora negada – “para que, a tomar uma decisão, seja ela pela via da dissolução ou não, haja seriedade, rigor e responsabilidade”
O deputado municipal Fábio Bastos referiu hoje na Assembleia Municipal, a necessidade do processo da Frente MarFunchal “assumir a transparência e o rigor que há alguns anos lhe faltam”, aguardando, por parte do Executivo Municipal e a par de toda a oposição, toda a documentação até agora negada para que “venha a ser tomada uma decisão, em consciência e de forma clara e transparente, que não se compadece com a mentira e as diferentes incorreções até agora apresentadas e que, inclusive, estão na base deste desfecho”. Uma partilha de informação aprovada que satisfez, a par de ter sido aprovada, também, a transferência de verbas, por parte da autarquia, à empresa – de modo a salvaguardar os salários.
“É preciso lembrar que, em 2019 e aquando da apresentação das Contas relativas a 2018, o Executivo Municipal apregoava que esta empresa pública gozava de saúde financeira para, agora, voltar atrás e alegar incorreções, o que nos leva a crer que houve, aqui, uma clara deturpação da realidade que se vivia naquela altura e que o PSD alertou, inúmeras vezes, sem, todavia, ter sido ouvido”, sublinhou o deputado municipal, acrescentando “que é preciso falar a verdade e entender que é dessa verdade que dependem inúmeras famílias, hoje a viver uma situação de incerteza quanto ao futuro que é da exclusiva responsabilidade deste Executivo”.
Fábio Bastos que, a este propósito, deixa claro que a preocupação do PSD “sempre foi e continua a ser a salvaguarda dos direitos laborais dos trabalhadores afectos à empresa”, direitos esses que, em qualquer circunstância e seja qual for a decisão a seguir, “devem ser prioritários e estar acima de todas as questões recorrentemente levantadas pelo Executivo”.
Depois de ouvir vários trabalhadores da empresa, prossegue, “acreditámos que esta dissolução não deveria acontecer, sem que se queimem de uma vez por todas as gorduras da gestão dos últimos anos e, para isso, basta que esta empresa seja gerida com critérios de gestão empresarial e na base de uma gestão rigorosa, pois, se assim for, esta empresa municipal tem todas as condições para manter as suas funções, para beneficio dos seus trabalhadores e dos seus utentes e utilizadores”, vincou.
“De uma vez por todas, é preciso que se fale a verdade e que haja coragem para corrigir erros camuflados que não podem continuar impunes e é também isso que se espera que venha a acontecer assim que a informação nos seja facultada, de forma transparente e em respeito a todos os que hoje e ao longo dos últimos anos foram penalizados com esta situação”, concluiu.