Bloco de Esquerda questiona se o Governo Regional defende apenas interesses da aquacultura

O Bloco de Esquerda constata, em comunicado, que os supermercados “continuam recheados de peixe com origem na aquacultura e cuja alimentação é mais que duvidosa. Essa actividade não parou na Madeira e tem recebido inúmeras ajudas públicas, quer fundos regionais, quer apoio político na defesa da actividade”.

Entretanto, critica o coordenador do Bloco na Madeira, Paulino Ascensão, o Governo Regional “quer parar a actividade pesqueira, não como medida preventiva da propagação da doença, mas alegando que  não há escoamento para o pescado. Em nenhuma outra região da Europa se verifica paragem da pesca, mas apenas adaptação por razões sanitárias como aconteceu todas as outras actividades”.

O BE aponta que, embora a Europa esteja em confinamento, as pessoas continuam a precisar de alimentar-se. E questiona que esforços está o Governo Regional a desenvolver para resolver os problemas do escoamento do pescado ou para encontrar capacidade de armazenamento ainda que fora da Região? Como se compreende que esse problema de escoamento não afecte a piscicultura?

“Foi notório o grande empenho dos governantes regionais na defesa da piscicultura, porquê e quais os interesses? Porque o governo Regional falhou no reforço da capacidade de armazenamento de pescado na Madeira, em suma que interesses protege o Governo Regional, os interesses do povo trabalhador – como os pescadores – ou os interesses dos investidores anónimos por detrás da piscicultura?”, conclui a nota de imprensa.