Cosmos alerta para o que estará na origem da suspensão parcial do Plano do Amparo, hoje na Assembleia Municipal

Funchal Câmara A
A Assembleia Municipal do Funchal, a ter início pelas 10 horas, aborda a suspensão parcial do Plano de Uebanização do Amparo.

A Associação ambientalista Cosmos emitiu um comunicado para abordar o ponto 13 da ordem de trabalhos da Assembleia Municipal do Funchal, que esta sexta-feita está reunida. O ponto refere-se à “apreciação e votação do Plano de Urbanização do Amparo – Suspensão parcial, implementação de medidas preventivas e início de procedimento de alteração do Plano.

Aponta aquela associação que “acha muito estranho, que matéria de tão importante relevância para a cidade do Funchal, seja discutida e debatida no final desta assembleia, quando os senhores deputados municipais estão mais exaustos e, por conseguinte, menos atentos”, referindo ainda que sempre se tem manifestado “contra a suspensão dos planos de ordenamento municipais, precisamente, porque 95% das suspensões realizada na Região Autónoma da Madeira, não são para corrigir possíveis erros, omissões, ou se criarem novas diretrizes de interesse público, mas sim, para legalizar construções de génese ilegal ou alterações com o intuito de aumentar os índices de construção, no sentido de beneficiar e privilegiar certos “patos bravos” da construção civil/hotelaria, e permitir que estes tenham lucros astronómicos, que nem muitos traficantes de droga sonham alcançar«”.

Lembra a Cosmos que “muito recentemente, o atual Plano Diretor Municipal da cidade do Funchal integrou harmoniosamente o Plano de Urbanismo do Amparo sem que tenha havido a necessidade de se proceder a qualquer ajuste ou alteração, o que levanta enormes suspeitas pelo aparecimento desta – suspensão parcial- caída repentinamente do céu de paraquedas, talvez com o objetivo de dar mais metros de construção, mais andares e mais volumetria a certos promotores gananciosos e sem escrúpulos, verdadeiros agiotas do betão e da especulação imobiliária, que compraram terrenos por um reduzido valor, pois sobre eles recaíam determinados condicionamentos e regras urbanísticas a cumprir, e que, posteriormente, graças à cumplicidade irresponsabilidadel dos nossos autarcas e governantes, fazem suspender “legalmente” os planos de ordenamento do território, para depois, numa manobra de verdadeira agiotagem imobiliária, multiplicarem o valor dos terrenos à custa do sacrifício de um território, de um planeamento e da equidade que deve existir entre munícipes”,.

A finalizar, a Cosmos espera que  esta decisão de suspender parcialmente o Plano do Amparo seja executada “para favorecer interesses privados”.