Passageiros quase ao abandono “é situação lamentável”, diz Pedro Calado com críticas à TAP e ao Governo da República

Calado carros eletricos
Pedro Calado abordou os cancelamentos da TAP à margem da entrega de três viaturas elétricas a serviços públicos.

O vice presidente do Governo Regional reagiu hoje aos recentes cancelamentos de voos da TAP de e para a Madeira, sublinhando tratar-se de uma situação que preocupa a Região e garantindo que “o Governo Regional tem feito chegar à TAP as preocupações relativamente aos cancelamentos. Sabemos que não é um problerma exclusivo da Madeira, é uma situação que se verifica em muitas companhias na Europa, em função da escassez de mão de obra, de pilotos e pessoal de terra”.
Pedro Calado diz que o problema, no que toca à Madeira, pela circunstância de se tratar de uma ilha, “é ainda mais penalizador”, referindo que o Governo Madeirense tem vindo a pedir à administração da TAP para que “tenha muita atenção com a Madeira, uma vez que não temos outra alternativa de entrada e saída da Região. Proceder a cancelamentos da forma como estão a ser feitos, em cima da hora, sem avisar passageiros e deixando-os quase ao abandono nos aeroportos, como aconteceu neste fim de semana, é uma situação lamentável”.
O vice presidente diz que “o Governo da República deveria ter assumido um outro comportamento aquando da reprivatização da TAP, no sentido de salvaguardar o serviço público mínimo para as ilhas. Compreendemos que existam questões operacionais das companhias aéreas, com o recrutamento das tripulações, mas já não compreendemos que os passageiros sejam colocados nos aeroportos como tem acontecido, sem indicações nem com hotéis nem pensões, sem acautelar os interesses das pessoas. Apenas dizem que têm que remarcar as viagens”.
Pedro Calado diz que “se fosse pelo Governo Regional, já existiam mais companhias a operar, mas esbarramos com burocracias que impedem a Madeira de ter essas companhias”.
As declarações do vice presidente foram proferidas à margem da entrega de três viaturas elétricas a serviços públicos, no âmbito de um programa (Fundo Ambiental) do Ministério do Ambiente, que distribui viaturas por todo o País e a Madeira candidatou-se em 2017.
O objetivo é introduzir viaturas elétricas em substituição das viaturas antigas, de forma progressiva, numa política ambiental que visa o futuro.