Socialistas apontam baterias ao JPP; candidato Cláudio Torres diz que quer fazer com que o concelho deixe de ser “dormitório” do Funchal

O candidato socialista à Câmara Municipal de Santa Cruz, Cláudio Torres, assumiu como pilares da política que pretende implementar no município as temáticas da “economia social, o apoio à criação de emprego, juventude/famílias jovens e Caniço”. Torres deixou-o bem claro ontem num convívio realizado na freguesia do Caniço, com militantes, simpatizantes e independentes, e que contou com a presença do presidente do PS-Madeira, Carlos Pereira.

Na sua intervenção, Cláudio Torres explicou que a candidatura “positiva” do PS-Madeira não é contra outros partidos políticos mas sim contra os problemas existentes no concelho, que estão identificados e para os quais os socialistas têm propostas exequíveis e concretas capazes de fazer com que o concelho deixe de ser um “dormitório” do Funchal. Por outro lado, criticou a “má governação do JPP”, cuja inércia, afirmou, está a causar muito descontentamento no concelho.

Esse foi  também um dos temas das palavras de Gil França, presidente da Comissão Regional do PS-Madeira, que ironizou que a única obra efectuada pelo actual executivo municipal foi um “muro de lamentações”, já que é só isso que, considerou, fazem, numa perpétua vitimização, sendo certo que a própria situação financeira herdada não é tão grave quanto a pintam, caso contrário, exemplificou, não teriam gasto “845 mil euros2 em assessorias jurídicas.

Por seu turno, Carlos Pereira destacou a ideia de que os cidadãos do concelho de Santa Cruz não podem confiar no JPP, dado que este partido “atraiçoou” todos quanto os apoiaram em 2013, desde partidos a independentes, quando passaram de movimento de cidadãos a partido.

“Não são merecedores de confiança” afirmou, “nem de uma segunda oportunidade”, porque não têm conseguido resolver os problemas que afectam o concelho. De 2013 a 2017, afiançou, foram quatro anos perdidos.

Silvestre Sobrinho, ex-presidente da Junta de Freguesia do Caniço, pelo JPP, apontou os problemas existentes na freguesia, a maior do concelho, destacando-se a necessidade de infraestruturas no que se refere ao saneamento básico, bem como a necessidade de implementar diversos serviços públicos.