O primeiro-ministro português, António Costa, foi surpreendido na Madeira pela notícia dos terríveis atentados em Bruxelas, uma temática que, obviamente, preocupa toda a comunidade internacional. Questionado a respeito pelos jornalistas, Costa considerou, apesar de tudo, que a segurança está a funcionar a nível europeu e mundial: por cada atentado que lamentavelmente ocorre, sublinhou, há dezenas de atentados que não ocorrem.
No entanto, as dúvidas da população são, naturalmente, mais que muitas: por entre notícias de que o aeroporto de Lisboa não reforçou a segurança na sequência dos atentados, e outras de que os serviços de informação europeus detetaram movimentos de jihadistas de diversas nacionalidades europeias de regresso aos seus países já desde o Natal, e mesmo assim não foram capazes, apesar de terem detido Salah Abdesalam, suspeito dos atentados de Paris, de evitar esta nova mortandade em Bruxelas, as questões são mais que muitas.
António Costa, entretanto, deslocou-se ao consulado da Bélgica na Madeira, para ali lavrar oficialmente as suas condolências num livro proporcionado para o efeito.
Já no que concerne às temáticas de interesse regional, o primeiro-ministro português, apesar de ser de outra cor política que a do presidente do Governo Regional, deixou bem claro o seu interesse num renovado relacionamento institucional. Por entre os diversos compromissos da sua visita oficial, mostrou-se empenhado em garantir os mesmos direitos dos utentes dos serviços de saúde tanto na Madeira como no continente, contornou perguntas sobre a forma como o Bloco de Esquerda vê o Centro Internacional de Negócios da Madeira – afirmando que o mesmo não é um offshore e que, enquanto assim for, servirá de forma positiva para atrair investimento estrangeiro – e assegurou que o Governo da República está em plena sintonia com o Governo Regional no que diz respeito à importância e ao significado de um novo hospital para as populações madeirenses e porto-santenses. A candidatura desta nova infraestrutura a projecto de interesse comum deverá ser formalizada até Junho, e da parte de Costa, parece existir toda uma conjuntura favorável a esta empreitada.

António Costa visita ainda esta tarde o complexo balnear do Lido e a empresa ACIN, na Ribeira Brava. De manhã passeou-se pelo mercado dos Lavradores e esteve numa recepção na Assembleia Legislativa Regional.