O dia amanheceu cinzento e chuvoso à boa maneira outonal. Mas os responsáveis pelas assembleias de voto marcaram o ponto e já tinham “clientes” à espera para depositar na urna os seus votos, antes da abertura oficial. Com ou sem chuva, o dever a cumprir acima de tudo.
Na Câmara Municipal do Funchal, onde está instalada uma secção de voto da freguesia de São Pedro, a fila começa a compor-se ao mesmo tempo que os responsáveis pelas assembleias de voto afixam ainda as informações, abrem e conferem os cadernos eleitorais e acertam o passo para um dia longo e exaustivo a receber o voto dos cidadãos. Um dado peculiar: uma religiosa é das primeiras a depositar o seu voto, outros sucedem-lhe e lá começa o ritmo típico do domingo eleitoral: “Maria…., número…”, pausa, a mesa confere no caderno, descarrega, vota-se, e outro a seguir… E assim sucessivamente até às 19 horas.
Curiosamente, os representantes dos vários partidos ainda não deram o ar da sua graça pelas mesas. O afluxo de votantes ainda não o justifica. Mas depois é vê-los atentos, medindo a legalidade do escrutínio e prontos a denunciar eventuais ilícitos. Não é para aligeirar, em jogo está muita coisa: por um voto se ganha, por um voto se perde.
Quando a manhã começou, a reportagem do FN testemunhou a normalidade neste domingo eleitoral e registou igualmente a preocupação de alguns cidadãos em depositarem cedo o seu voto para continuarem as rotinas do domingo.
Está em jogo a conquista de 6 lugares de deputados na Assembleia da República para a Madeira. São 256 mil eleitores inscritos nos naturalmente desatualizados cadernos eleitorais. Neste momento, o PSD tem quatro deputados em São Bento, PS um e CDS-PP um. A partir de hoje, é a disputa para averbar os melhor resultado de sempre.