A praça do peixe, no Mercado dos Lavradores, no Funchal, encheu para o almoço-comício de arranque de campanha do Bloco de Esquerda (BE).
A líder nacional do ‘bloco’, Catarina Martins veio ao Funchal dizer não à “asfixia democrática” que ainda se vive na Região. E deu o exemplo de uma carta de um deputado do PSD que se deu ao trabalho de escrever uma carta para garantir que a direcção de uma escola era só para professores com cartão certo.
Catarina Martins acusou o CDS de ser “oposição de brincadeira” na Região uma vez que, a nível nacional, está coligado com o PSD de Pedro Passos Coelho.
A propósito de Passos Coelho, Catarina Martins rebateu declarações do candidato a Primeiro-ministro segundo as quais o Estado Social está “de boa saúde e recomenda-se”. “Planeta terra chama Pedro Passos Coelho!”, disse.
Depois, a líder nacional do ‘bloco’ apelou ao voto dos 700 mil desempregados, dos pensionistas a quem cortam nas reformas, dos que trabalham por inteiro e ganham pela metade.
“Não estamos condenados a optar entre a direita e o PS como se mais nada existisse no país”, referiu.
Contra as “negociatas”, as privatizações, as PPP, a favor de um serviço público de qualidade, assim se afirma o BE. “O país não está à venda”, rematou.
Na praça do peixe intervieram ainda o cabeça-de-lista do BE pelo Círculo da Madeira, Paulino Ascenção e o líder regional do BE, Roberto Almada.