José Manuel Rodrigues: “não há razões para grandes festejos”

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O líder do CDS-PP na Região e deputado no parlamento regional, José Manuel Rodrigues, lamnentou na sua intervenção no Dia da Região que não haja razões para grandes festejos, numa terra com quase 600 anos de história.

Enumerando as razões desse desencanto, assinalou o problema dos desempregados, dos jovens obrigados a sair da sua terra para encontrar um posto de trabalho, dos idosos com pensões de miséria, dos casais que perderam as suas casas para os bancos, dos empresários e trabalhadores que viram as suas empresas falirem, das famílias que empobreceram, dos cidadãos que foram atirados para as franjas da sociedade e também dos emigrantes que enfrentam privações e violências na Venezuela e na África do Sul.

Uma vez traçado este cenário negro, alertou que “a austeridade não é uma causa”, mas uma consequência das dívidas irresponsáveis e dos défices excessivos, que levaram o país à bancarrota e a Madeira à falência.

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Culpando os governos do PS no continente e do PSD na Madeira pelo ‘status quo’, afirmou: “Não queremos o regresso a esse passado para não termos de repetir no futuro as dificuldades e sacrifícios do presente”

O CDS defende, pois, várias causas pelas quais há que pugnar junto da República, nomeadamente garantir o apoio do Estado à renegociação das condições de pagamento da dívida regional, bem como o aval da República para operações de refinanciamento dos mercados; ganhar autonomia fiscal para ter um sistema tributário atractivo que permita captar investimento externo e possibilite o crescimento económico; assegurar que o Estado cumpre o princípio da continuidade territorial, na área dos transportes áereos e marítimos; conseguir apoio do Estado à construção do novo hospital; negociar com a EU o Estatuto de ultraperiferia; garantir o apoio do Estado à renegociação do Quadro Comunitário de Apoios; e assegurar uma revisão constitucional que aprofunde a Autonomia.