Clássicos à espera de uma ‘ponta de sol’

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Carlos Moniz

Depois de sete edições consecutivas, entre 2007 e 2013, o ‘Clássicos do Sol’ não decorreu o ano passado, deixando com saudades todos aqueles que já o tinham agendado para a altura das festas do concelho da Ponta do Sol com o objectivo de passar um dia agradável e expor os seus automóveis.

Marco Pestana, dinamizador do evento desde a primeira hora, comenta as razões da não realização do evento. “Não se realizaram em 2014, por inúmeras razões, que são desconhecidas da maioria dos colegas, pois passam despercebidas a quem não está no cerne da organização. Mas, por enquanto, prefiro guardá-las”.

E adiantando: “Talvez um dia as revele mas, por agora, apenas quero agradecer ao presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, que sempre apoiou o ‘Clássicos do Sol’, que já era para muitos o melhor evento do programa da  Semana do Concelho, logo após o fantástico Festival de Folclore, organizado anualmente”.

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Sem perder o ‘fio à meada’, Marco Pestana diz: “Posso afirmar com convicção, que as autoridades concelhias, no seu todo, não tiveram cabal noção da importância, ao nível regional, do evento ‘Clássicos do Sol’ e da promoção inerente ao concelho que, por ele, poderia ser efectuada. Perdeu-se mais uma oportunidade e isso foi um factor desanimador, entre outros pormenores, para quem organiza de forma gratuita e por pura paixão”.

Ao longo de sete anos, a zona próxima da igreja foi o centro das atenções para todos quantos passavam e paravam para admirar as belas ‘máquinas’ que fazem parte do património de automóveis antigos e clássicos da Região. Do programa, para além do almoço de convívio e da cerimónia de entrega de lembranças aos participantes, havia ainda uma palestra sobre a marca em destaque.

O organizador recorda: “Em 2007, dei início ao encontro informal de clássicos automóveis, no Centro Histórico da Vila da Ponta do Sol, convidando alguns amigos e todos aceitaram e ficaram agradados com a iniciativa”. E continua: “Isto tudo surgiu pelo meu entusiasmo nestas coisas, pois participava de forma habitual em eventos na Região. Uns anos antes, ainda na anterior gestão autárquica, recusaram a minha ideia de reunir os clássicos automóveis no belo enquadramento, que a Vila com quase 600 anos oferecia para que os automóveis clássicos fossem reunidos e expostos a todos os madeirenses e aos turistas que nos visitam”.

A situação alterou-se “logo após a eleição de novos autarcas, liderada por Rui Marques; apresentei a ideia e assim nasceu, em 2007, o primeiro evento. A sensibilização foi efectuada por mim, directamente e sempre de uma forma amadora. Como tinha fundado a ‘Squadra Alfa Romeo Madeira’, decidi colocá-la como responsável pela organização mas, no fim das contas, era eu que contactava tudo e todos, não por causa de algum tique despótico ou nepotismo, mas sim porque quando as coisas são realizadas sem nada ganhar, os interessados em colaborar são poucos; a paixão pelos clássicos é que me movia”, salienta.

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