45 anos de ti, Sindicato dos Professores da Madeira!

O Sindicato dos Professores está em festa. São 45 anos a servir uma classe exigente, mas apaixonada pela sua profissão: Ensinar, sempre com Amor.

Habituei-me, já há largos anos, a ver nesta estrutura sindical, um espaço de consciência crítica, de debate plural e de pensamento livre, ao serviço dos professores, os artesãos discretos mas eficazes de uma sociedade evoluída. Quantas vezes, mesmo como jornalista, subia a rua da Conceição, onde, na antiga sede do SPM, se desenhavam as grandes causas para assumir compromissos na sociedade, com audácia e acima de todos os interesses. Eram conferências de imprensa atrás de conferências de imprensa para alinhar estratégias, posição sobre os tempos conturbados de outrora e alertas à navegação. Tempos marcantes, de comprometimento com as grandes causas, com Amélia Carreira, Adília Andrade, Rita Pestana, Marília Azevedo, Sofia Canha e por aí fora até ao fio dos nossos dias, com outros rostos de luta e de compromisso social, como Francisco Oliveira.

Por detrás desta estrutura sindical, está uma equipa de formiguinhas com uma palavra sempre de estímulo para aqueles que a solicitam, desde a inquietação com uma formação por realizar até a questões mais agudas e sombrias de progressão na carreira. A resposta chega sempre e sobressai o sentimento de que vale a pena apoiar também esta malta que se chega à frente para amparar os professores e mostrar as suas vitórias e angústias.

Tantas vezes, não importa os protagonistas de cada época que, corajosamente, empenham o seu tempo, numa missão de credilizar uma estrutura sindical com história. Interessa menos os deslizes. Interessa mais  que o sindicalismo seja visionário, caminhe sempre à frente do seu tempo e  não a reboque das efemérides do calendário ou dos sound bites conjunturais. Toda esta consciência crítica faz-se com Pessoas, com um apostolado ao serviço da nobreza e riqueza do Ser Professor, Hoje e Sempre. Não amplificar os momentos de desencanto, mas proclamar a superação diária de uma classe que faz das problemáticas emergentes um desafio de viragem, surpreendendo tudo e todos. Sim, porque Ser Professor é cada vez mais necessário e recomenda-se.

* Rosário Martins (jornalista e professora)