Marina bloqueada com inertes; utentes dizem que é pior depois de obras na ribeira

Conforme o FN já ontem noticiou, a foz da Ribeira de São João, no Funchal, sofreu um assoreamento devido aos inertes arrastados pelas fortes chuvadas. Rapidamente, entraram máquinas em funcionamento para retirar as pedras e a terra, mas os utentes da Marina preveem maçadas: para desassorear completamente aquela entrada deverá ser necessário recorrer a barcaças areeiras, num processo que poderá ser demorado. É que a marina do Funchal está, como já disse oportunamente o FN, bloqueada.

Os utentes da marina funchalense receberam uma comunicação que reza assim: “(…) devido ao entulho proveniente da Ribeira de São João, consequência da depressão “OSCAR”, não é possível a entrada e saída de embarcações da Marina do Funchal”.

“A Marina do Funchal iniciará as diligências para que se iniciem os trabalhos de desassoreamento o mais breve possível de forma a causar o mínimo de transtorno aos seus utentes”.

O que aborrece os utentes da marina é que, na sua perspectiva, esta situação, se bem que não totalmente evitável, foi agravada com as obras realizadas anteriormente, e que desviaram o trajecto da ribeira directamente para a entrada da marina, ao contrário do que se encontrava antes. Tudo para contornar um prédio situado a montante e deixar um outro restaurante à beira-mar onde estava. Entretanto, a embocadura da marina ficou mais exposta, apanhando com a vaga que vem de sul, que ziguezagueia pelo porto adentro e faz embalançar as embarcações e arrasta lixo sempre que a ondulação está pior. Também são arrastados, pela ribeira, mais sedimentos e lixo para a entrada da marina, sempre que há chuvas fortes. Tudo prejudica as condições de abrigo e de circulação que uma marina deve ter.