A Iniciativa Liberal critica hoje o CDS, dizendo que “se todos nós devemos pautar a nossa vida pela transparência nos actos, mais se exige aos partidos políticos”.
“Mais de um ano depois de se saber que o CDS Madeira recebeu um empréstimo de 28,880 euros, por alturas da pré-campanha das últimas regionais, as perguntas que se puseram na altura mantêm-se pertinentes e sem resposta. Porque é que essa verba foi distribuída por vários militantes, em fatias nunca superiores a 5000 euros, e não caiu a mesma nas contas do partido que atravessava um momento financeiramente difícil? Quer o CDS convencer-nos de que um grupo de militantes se disponibilizou para ajudar, pedindo emprestado dinheiro que depois iriam emprestar ao partido?”, indagam os liberais.
“Se o dinheiro se destinava a pagar contas do partido, e visto estar em contas de militantes, como se processariam esses pagamentos? Cada um pagava com o dinheiro que tinha na sua conta as despesas pendentes? É isto legal? Se o empréstimo de César do Paço não foi usado, pois entretanto conseguiram um empréstimo bancário, porque não foi devolvido de imediato ou no momento em que o advogado deste contactou o líder regional do partido? Porque é que só foi devolvido 18 meses depois e após o contacto da SIC com o Secretário Regional da Economia? O argumento de que perderam o contacto com o mutuante não pega. No mínimo porque todas as transferências bancárias têm conta de origem. E o dinheiro onde ficou este tempo todo? Nas contas das pessoas de confiança de Rui Barreto a ganhar juros?”, questiona o partido.
“Como foi feita a devolução do dinheiro? A partir das contas dos militantes? De uma só vez de uma conta do partido? Pela verdade e pela transparência, seria bom que estas perguntas fossem respondidas”, entende a IL.
“Ao PSD Madeira estas questões não fazem impressão nenhuma. A nós, esta falta de resposta incomoda. Muito, pois é sempre avaliar os outros pelas companhias que escolhem”, refere a comissão coordenadora da Iniciativa Liberal-Madeira.