O MPT considerou, em comunicado, o início da delegação da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social na Região “pouco auspicioso, embora tivesse tudo para ser bem sucedido”.

“Simpatia, preparação, organização, alguns bons discursos (incluindo o de Albuquerque) e a presença do Presidente da República foram os pontos fortes… mas o discurso de Álvaro Beleza é que estabeleceu a toada do dia: elogiou a obra feita na Região esquecendo-se da parte social. Falou sem conhecer o quotidiano do cidadão regional, e da forte dependência na economia do sector turístico-imobiliário (logo, trabalhos mal renumerados)”.

“O Desenvolvimento Social é entendido como um processo de melhoria da qualidade de vida de uma sociedade. Considera-se que uma comunidade tem alta qualidade de vida quando seus habitantes dentro de um cenário de paz, liberdade, justiça, democracia, tolerância, equidade, igualdade e solidariedade, têm amplas e recorrentes possibilidades de satisfação de suas necessidades e também de poder empregar suas potencialidades e saberes com vistas a conseguir uma melhoria futura em suas vidas, em termos de realização pessoal e da sociedade em seu conjunto”, reza o comunicado.

Ora, a Região “tem fortes lacunas no Desenvolvimento Social: não há liberdade de expressão política, há perseguições políticas, desconfia-se e muito da imparcialidade da Justiça perante os poderosos e poder político, há uma campanha pelo descrédito da comunicação social, as pessoas não conseguem satisfazer as suas necessidades, e a meritocracia parece um mito falso”.

“Por fim, o MPT deseja à Dra. Catarina Castro (presidente da SEDES Madeira) boa sorte no alívio dos pontos fracos da Sociedade Regional”.