Uma nota da Câmara Municipal de Santa Cruz, da autoria do edil Filipe Sousa, refere que esta semana a edilidade anunciou que, comparada com o período homólogo, este ano Santa Cruz registou um aumento da receita de impostos indirectos na ordem dos 1,7 milhões de euros.
Esse valor “foi conseguido apesar de termos todos os impostos à taxa mínima, nomeadamente aqueles que recaem directamente sobre a população, como é o caso do IMI. Esta trajectória foi iniciada em 2013, quando recebemos a Câmara em estado de falência real e com um PAEL, assinado pelo PSD, que previa o aumento generalizado de impostos”.
“Perante estes bons resultados, que nos permitirão continuar a investir na vertente ambiental e social, eis que nos chegou a informação de que o PSD, não se sabe se através do Governo Regional, está a preparar uma acção judicial na tentativa de comprometer a nossa taxa turística e assim, mais uma vez, prejudicar o povo deste concelho, apenas porque pensa pela sua cabeça e resolveu legitimamente escolher diferente naquele ano de 2013”, acusa o edil.
“Esta é uma democracia seriamente doente, uma democracia que não respeita as livres opções do povo, uma democracia que usa o poder para impor a sua vontade e para castigar opções perfeitamente legítimas e democráticas. Mas, na verdade, apesar de vergonhosa, esta nova investida do PSD não nos surpreende. Tem sido este o seu ‘modus operandi’”, denuncia.
“Para quem já não se lembra e porque não gostam que eu recorde, lembro que em 2013, o PSD, que tinha desgraçado este Município, instrumentalizou os empresários do regime a executar a Câmara por dívidas que o PSD criou e sobre as quais esses mesmos empresários andavam calados há anos. Bastou mudar a cor política e logo vieram fazer cerco a mando desta democracia doente, de compadrios e amiguismos e de uma mão lava a outra. Depois, ao longo destes nove anos, temos estado rodeados de denúncias anónimas, por parte dos chamados anónimos identificados, que não têm outro propósito do que prejudicar a nossa acção, tentando vencer na secretaria o que perderam nas urnas, em mais um sinal da degradação democrática que se vive nesta ilha”, prossegue o presidente da Câmara.
“Agora, nos últimos tempos, usam a Inspeção de Finanças para, pasme-se, fazerem auditorias aos apoios sociais, numa ação que os nossos juristas já declararam ilegítima (mas isto será a seu tempo dirimido nos fóruns próprios) Esta democracia é tão doente que dão por normal a desgraça que aqui deixaram, mas perseguem as ajudas que se dão às pessoas que precisam”, queixa-se ainda Filipe Sousa.
“Agora, em mais uma ação vergonhosa, e só porque estamos a alcançar bons resultados, preparam novo ataque à ecotaxa turística, o que, diga-se, tem sido tacitamente anunciado por declarações recentes, tanto do secretário regional do Turismo, que diz que a nossa taxa envergonha a Madeira, como pelo presidente da Câmara do Funchal que apregoa que o Governo não precisa de contratos-programa com as autarquias para desenvolver os concelhos, e por outras declarações preocupantes, como a produzida há poucos dias, novamente por responsáveis do PSD, que afirmaram, sem ponta de vergonha, que agora o Porto Santo vai desenvolver-se porque votou de forma correcta”, continua.
“O que eles não suportam”, afirma, “é que Santa Cruz está a sair-se bem sem eles em termos financeiros, está a recuperar atrasos infraestruturais que eles não resolveram em décadas, tem cartazes próprios que esta terra esquecida nunca teve, e tem um programa social direcionado para os esquecidos desta suposta madeira de sucesso”.
“Agora querem atacar a nossa taxa turística, pois que avancem porque estamos preparados e certos de que este orgulhoso povo de Santa Cruz saberá responder em conformidade”.