A Câmara Municipal da Ponta do Sol diz desejar que a Secretaria Regional de Educação resolva o problema do acréscimo de transportes dos alunos nas escolas alvo de fusão. A edilidade vem revelar agora problemas logísticos, devido à alteração da frequência de deslocações e distâncias, após uma decisão unilateral do organismo do Governo Regional.
A autarquia informa que teve conhecimento no passado dia 2 e 5 de Setembro sobre a incorporação dos alunos que têm de mudar de estabelecimento de ensino por conta da fusão/encerramento das Escolas do Lombo de São João com a do Lombo dos Canhas e da Escola do Vale e Cova do Pico com a Escola do Carvalhal.
Tal decisão, explica, faz com que acresça mais dois transportes escolares a serem efectuados pela Câmara Municipal, que assegura esse transporte, uma vez que o serviço de transporte público não comporta esta situação.
Assim, a autarquia vê aumentar o número de deslocações, as distâncias e a frequência de viagens entre escolas, situação que provoca constrangimentos a todos os níveis, denuncia a Câmara.
“A Secretaria Regional de Educação decide, sozinha, que vai encerrar ou fundir escolas sem consultar a Câmara Municipal, nem acautelar, atempadamente, estas e outras situações que resultam desta decisão”, declara o vice-presidente Sidónio Pestana.
A situação é “imprudente”: “Nestes moldes, muitas crianças terão de acordar muito mais cedo e, ao fim do dia, terão de regressar muito mais tarde a casa, ficando muito mais tempo à espera do transporte na escola”, alerta.
Sidónio Pestana acrescenta, por outro lado, que “quem justificou a fusão com base ‘no pedagogicamente melhor’ para os alunos, esqueceu que tal decisão irá fazer com estes jovens passem mais de 12 horas fora de casa à conta desta alteração. Isto, para além de criar constrangimentos no transporte que a Câmara assegura para outras actividades extracurriculares, “irá também criar muitos problemas às famílias destas crianças”.
“Esta situação não foi devidamente acautelada, pelo que exigimos que a Secretaria Regional de Educação assuma responsabilidades na resolução deste problema, em prol do bem-estar dos alunos afectados”, conclui Sidónio Pestana. Foi enviado um ofício à Secretaria com estas mesmas imputações.