JPP: “a estratégia [do PSD] é criar ruído”

A reunião ordinária da Câmara Municipal de Santa Cruz decorreu hoje e um dos assuntos, a aprovação do novo Regulamento das Bolsas de Estudo, gerou alguma polémica.

A Câmara Municipal acusa “a Coligação Cumprir Santa Cruz, nomeadamente o vereador Brício Araújo”, do PSD, de não ter formalizado “qualquer proposta” relativamente ao novo Regulamento e, hoje, na reunião, “reclamou não terem sido incluídos os contributos da Coligação, que apresentou verbalmente.”

Recorde-se que houve um período de discussão pública e uma primeira passagem pela reunião de câmara.

Élia Ascensão, vice-presidente da autarquia, que presidiu à reunião, “acusou a coligação de ter como único propósito político e regra de ação desestabilizar e confundir, ao estilo do aluno mal comportado da turma”.

“A estratégia é criar ruído onde ele não existe, em vez de estarem preocupados em submeter propostas de forma organizada e honesta”, sublinhou, realçando que o parágrafo hoje entregue, em cima da aprovação da proposta, deveria ter entrado atempadamente na autarquia no período de discussão pública. Referiu, a propósito, que na ata da primeira reunião onde foi deliberada a abertura do período de discussão pública, ficou claro que o presidente Filipe Sousa pediu à Coligação para formalizar e enviar as propostas por escrito.

“Infelizmente, preferem disparar em todas as direções, com ou sem razão. Mas as pessoas estão fartas de ruído. As pessoas querem é trabalho e é isso é que o JPP tem vindo a fazer”, sublinhou.

A Câmara Municipal acrescenta que “exemplo deste comportamento foi também o posicionamento que tiveram na reunião sobre a ratificação do apoio à criança de três anos que  estava  em lista de espera no Serviço Regional de Saúde, e que agora terá o seu problema resolvido graças ao apoio camarário.”

“Brício Araújo manifestou-se contra a autarquia ter publicitado o apoio e voltou a defender que estes apoios deveriam ser coordenados com as entidades de saúde.”

Em resposta, Élia Ascensão lembrou que o problema da criança não foi criado pela publicitação do apoio, dado que o apoio só existiu pela ausência de resposta das entidades competentes. “Quando as entidades competentes primam pela ausência, qual a coordenação que existe para fazer?”, questionou.