José Manuel Rodrigues no congresso nacional quer levar o exemplo da Madeira ao país

A experiência da coligação do PSD/CDS-PP na Madeira foi o exemplo dado por José Manuel Rodrigues para pedir uma alternativa ao Governo do PS, liderado por António Costa.

No encerramento do 30.º Congresso do partido, ontem à noite, em Aveiro, o líder centrista madeirense começou por vincar que “talvez valha a pena o espaço centro-direita olhar para o exemplo da Madeira”.

“Conseguimos manter a maioria com a força do PSD e do CDS-PP, evitámos a afirmação e o crescimento dos extremistas de direita e dos liberais radicais, e impedimos que a esquerda tomasse o poder na Região”, reforçou.

“A Madeira nunca teve tanta estabilidade política nos últimos anos e isso deve-se ao CDS. Governamos em coligação com o PSD há 33 meses e não houve até agora uma crise política ou sequer uma ameaça de que isso viesse a acontecer”, vincou.

José Manuel Rodrigues afirmou ainda que o CDS-PP foi “determinante” para a vitória na câmara do Funchal, nas eleições autárquicas do ano passado, uma autarquia que “o PSD tinha perdido em 2013 e em 2017”, e apontou o caso do município de Santana, onde “com listas próprias o CDS ganhou folgadamente”.

O dirigente madeirense reafirmou a convicção de que “o melhor caminho para a Madeira, e para os dois partidos, é prosseguir esta coligação e concorrer unidos às eleições regionais do próximo ano”, concluindo que “a solução assegura que as esquerdas não serão poder na Madeira e que o centro e a direita não ficarão nas mãos dos extremistas ou dos liberais radicais”.

“Por nós CDS, esta coligação não quebra; por nós esta coligação está para durar; por nós esta coligação tem futuro”, disse perante os mais de 700 congressistas reunidos no Centro de Congressos de Aveiro, que aprovaram os novos estatutos do partido, com a concordância de 95% dos congressistas.

José Manuel Rodrigues presidiu à mesa do congresso, e na intervenção de abertura começou por dizer que “o CDS faz falta a Portugal”. Até os nossos adversários políticos reconhecem a falta de deputados do CDS na Assembleia da República. Há um vazio naquele parlamento”, lamentou o líder centrista madeirense que é também Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira. Apontou as qualidades de antigos deputados e líderes centristas para reforçar a falta que fazem “a solidez das propostas” e a “visão de Estado” que o partido sempre apresentou no Parlamento.

“Este congresso de alteração de Estatutos é mais uma etapa que nos fará regressar ao primeiro plano da política nacional; que fará renascer o CDS a bem de Portugal e dos Portugueses”, terminou.

O CDS-PP Madeira levou ao congresso uma delegação de 15 militantes.