
A baixa do Funchal encheu-se hoje de gente, para assistir ao espectáculo pirotécnico de fim-de-ano. Desde raios laser a paraquedistas, antecedendo o fogo de artifício propriamente dito, não faltaram motivos de espectáculo.

A frente de fogo constituída no litoral nas proximidades do cais foi, de facto, de qualidade assinalável. E foi precisamente nessa zona que o grosso dos espectadores se concentrou, em números notáveis.
Mesmo assim, o contraste com anos anteriores foi visível. Apesar de a Madeira andar numa tendência contrária à maioria do país e do mundo, onde a tendência foi fechar, houve visivelmente muita gente que se absteve de participar este ano em concentrações, certamente por força da pandemia da Covid-19 e pelos cuidados acrescidos que a mesma implica.
Entretanto, o espectáculo da Macedo’s Pirotecnia, como dissemos, não desmereceu da reputação da empresa, enchendo de cor o anfiteatro funchalense, e pautando-se por uns momentos mais “artísticos”, outros de maior intensidade sonora. No final, ficou a sensação de realização pelas imagens feéricas proporcionadas a locais e a estrangeiros. O investimento, recorde-se, também foi muito, ultrapassando bastante o milhão de euros.
Após assistir ao fogo, muitos foram os que ainda se mantiveram circulando na baixa, comprando as tradicionais castanhas “quentes e boas”, convivendo a bordo dos barcos na marina do Funchal, frequentando bares abertos que, por seu turno, se permitiram mesmo fechar vias públicas com a autorização das entidades, exigindo-se aos passantes que comprovassem a sua condição de não-infectados… Algo caricato, mas enfim, temos visto coisas assaz estranhas nestes últimos tempos.
Outros quiseram visitar as atracções natalícias na placa central, onde se exigem toda a sorte de certificados, testes e documentos sanitários, e que tem limite de lotação, o que obriga a formar filas. À uma da manhã, eram curiosamente muitos os que ali se preparavam para entrar.