Herlanda Amado critica injustiças e desigualdades em São Martinho

A CDU realizou hoje uma acção política em São Martinho, no concelho do Funchal, onde foram apontados exemplos concretos sobre as injustiças sociais e as desigualdades territoriais que se estão a agravar, em que as responsabilidades são partilhadas por PSD e PS.

Nesta iniciativa da CDU a deputada municipal Herlanda Amado denunciou o caso concreto do prometido “acesso rodoviário para a população da zona do Castanheiro e Relojoeiro, que permita satisfazer as necessidades básicas das pessoas, designadamente em termos de mobilidade e saneamento básico”.

Como sublinhou Herlanda Amado, “o que está em causa é uma antiga promessa quer do PSD, quer do PS, que há mais de 20 anos ilude as populações com a promessa de um acesso rodoviário, e nem a primeira pedra foi lançada. Foram recolhidos abaixo-assinados de centenas de pessoas e a população inclusive chegou a ir a sessões públicas da CMF, para confrontar o Executivo camarário com a urgência desta necessidade, que até agora não foi concretizada. As pessoas sentem-se marginalizadas, nem o Governo, nem a CMF, nem a Junta de Freguesia resolvem esta situação, inclusive a coligação PSD/CDS que está no poder e o PS, prometeu este acesso, ludibriando as pessoas em altura de eleições. As promessas somaram-se sendo uma constante nas deslocações dos candidatos, que porta à porta, responsabilizavam-se uns aos outros por nada ter avançado, quando PSD e PS, são os únicos responsáveis por nada ter sido feito. Prometer é fácil, o mais difícil e concretizar as reais aspirações das populações, crentes que “agora é que avança a estrada”. Não se pode brincar com a vida das pessoas e iludi-las como se fossem crianças a quem se dá um rebuçado”, criticou.

Herlanda Amado atacou a postura imoral dos governantes que enganam as populações: “Chegamos ao ponto de nesta altura mandarem técnicos à casa das pessoas a dizer que a obra iria iniciar-se, quando nunca esteve prevista no orçamento da Câmara.

“A maneira de estar na política destes senhores, faz com que “pague o justo pelo pecador”, e à boa maneira jardinista, de má memória, em que vale tudo para ter votos e ser poder, habituaram-se a estar no trono e fazem o que querem. As consequências do incumprimento das prometidas acessibilidades fazem-se sentir no agravamento das condições de vida das populações. Muitas pessoas estão enclausuradas nas suas casas porque os acessos são tão maus que impedem que uma simples visita de um familiar seja uma realidade, bem como o socorro básico em situação de emergência seja uma realidade possível, que nem uma maca dos bombeiros chega à sua casa e centenas de pessoas vivem em veredas estreitas, sem as mínimas condições de acesso, em pleno séc. XXI e no coração de São Martinho”, acusou Herlanda Amado.