PS Porto Santo diz que Idalino Vasconcelos é avaliado negativamente pelo próprio PSD

Sofia Dias

O PS Porto Santo assume que há um assunto que une o partido ao PSD local, e esse é a certeza de que o Porto Santo necessita de uma mudança nas próximas eleições. No entanto, esta difere na solução apresentada, com Miguel Brito, na perspectiva socialista, a personificar a única alternativa séria, credível e com capacidade para agregar várias vontades que rompam com o marasmo actualmente existente na ilha, fruto de quatro anos de governação do PSD.

Como resposta às recentes declarações do PSD de Porto Santo que elogiam o trabalho do actual autarca, criticando de forma extemporânea e sem fundamento a observação feita por Miguel Brito à má gestão dos dinheiros públicos da autarquia, a concelhia do PS de Porto Santo quer recordar o facto de haver a dúvida se o PSD irá apoiar a recandidatura do seu actual presidente, Idalino Vasconcelos, apesar deste já ter demonstrado publicamente a sua disponibilidade.  

Para o PS Porto Santo, este facto leva a crer que nem o seu próprio partido está satisfeito com o rumo de grande inércia e decisões erradas que a autarquia do PSD está a levar, traduzindo-se essa indecisão como o reconhecimento da incapacidade do atual presidente de liderar os destinos da autarquia.

Na semana passada o actual deputado da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Brito, considerou que a Câmara Municipal do Porto Santo prejudica a população e empresas locais ao decidir não executar mais de 20% da receita de 2020, um excedente que transitou para o presente ano, num valor aproximado de 1.5 milhões de euros.

Para Miguel Brito, esta situação configura aquilo que é um modelo de operar com fins eleitoralistas por parte do PSD, colocando os interesses partidários à frente dos interesses da população, dando-se a coincidência desta cativação de verbas transitar para um ano de eleições autárquicas.

“Tal prejudica a população numa altura em que se exigia uma ação ativa da Câmara no apoio às empresas locais e à população. O município fez precisamente o contrário, decidiu não executar os investimentos previstos, nem reencaminhar essas verbas para o tecido económico, fortemente fustigado pela pandemia”, como referiu na altura o deputado natural do Porto Santo.

A concelhia do PS de Porto Santo sugere ao PSD local que se foque naquilo que é o trabalho que deveria ter sido feito pelo atual executivo e não foi.

Mitigar a dupla insularidade e a carência de transportes; medidas concretas para combater a sazonalidade da sua principal atividade económica, o turismo, criando soluções para atrair investimento; combater a falta de projectos inovadores que criem empregos efetivos e duradouros; e projetos que incrementem a qualificação e mais oportunidades de criação de emprego.

Para Sofia Dias, presidente da concelhia de Porto Santo, esta é a agenda de trabalho de Miguel Brito e de toda a equipa do PS de Porto Santo. “Temos a convicção que aquando do próximo acto eleitoral os porto-santenses saberão escolher quem tem a capacidade para desenvolver a ilha com critério e trabalho”.