
O Centro de Química da Madeira – Universidade da Madeira e o Grupo de Trabalho Mondioring Madeira, em parceria com entidades regionais de saúde, entre as quais a Clínica do Amparo, iniciaram esta semana uma investigação sobre a utilização de cães treinados para deteção de infectados com COVID-19. Este estudo conta ainda com o acompanhamento de um médico veterinário e o apoio técnico do um cinólogo.
Segundo o FN apurou junto de Paulo Nunes, o objetivo desta investigação é possibilitar a utilização de meios de baixo custo, rápidos e práticos para a detecção de infectados, mesmo que assintomáticos, com COVID-19, tendo o potencial de contribuir para a saúde pública e recuperação económica, por exemplo, com a aplicação de equipas de detecção em infraestruturas estratégicas (aeroportos, portos, hospitais, lares de idosos, etc.).
O estudo com cães de biodeteção era uma ambição já de alguns anos do Centro de Química da Madeira e tem sido alvo do redirecionamento de esforços do Grupo de Trabalho Mondioring Madeira desde Março passado com o agravar da pandemia. Esta investigação arranca assim da união das competências científicas do Centro de Química da Madeira com as capacidades cinotécnicas diferenciadas do Grupo de Trabalho Mondioring Madeira, tendo inclusivé sido admitida a sua candidatura no âmbito da “2ª Edição Apoio Especial Research COVID 19 – Fundação para a Ciência e a Tecnologia”. Este é um estudo promissor que abre a possibilidade a mais estudos debruçados sobre a aplicação de cães na detecção de outras patologias, desenvolvendo na RAM competências com impacto na saúde pública e potencial de criação de emprego.
Refira-se ainda que a actividade cinotécnica tem sido acarinhada pelo Governo Regional da Madeira. Veja-se, por exemplo, as provas de Mondioring realizadas na Feira do Porto Moniz com o seu patrocínio.