O Serviço Regional de Saúde regista “mais de 18 mil utentes do SESARAM à espera de uma cirurgia, mais de 35 mil utentes à espera de uma consulta de especialidade, mais de 64 mil madeirenses não têm medico de família”. Estes números foram hoje divulgados pelo PCP numa ação que se pautou por uma crítica ao Governo Regional, de coligação.
Para o PCP, “as propostas de Orçamento e PIDDAR para 2020 demonstram que o PSD e CDS reduzem as verbas para o sector da saúde, mas também desviam verbas do sector público para o sector privado. O Governo Regional dá primazia ao negócio da doença em vez dar prioridade ao direito à saúde, o SESARAM em 2020 tem uma redução de verbas relativamente ao orçamento de 2019 na ordem dos 19,6% enquanto existe um aumento das verbas disponível para o sector privado de saúde. No Plano Plurianual de Investimentos há uma redução de investimento na área da saúde na ordem dos 20%.
referem os comunistas que “numa altura em que é necessário valorizar os trabalhadores do SESARAM a nível remuneratório, que é necessário incentivar a fixação de médicos enfermeiros no Serviço Regional de Saúde, que é necessário contratar mais assististes operacionais, técnicos de diagnostico e terapêutica, enfermeiros e médicos, consideramos que o aumento de 5,4% com as despesas com pessoal no SESARAM é manifestamente insuficiente”.
O PCP considera que “seria possível no actual quadro orçamental garantir os meios financeiros suficientes para garantir um Serviço Regional de Saúde público gratuito e de qualidade acessível a todos. Mas uma vez mais e mesmo no sector da saúde o Governo Regional PSD/CDS está subjugado aos interesses dos grupos privados, promovendo o negócio da doença em vez do direito à saúde.”