Um comunicado do Nós, Cidadão, refere que os deputados eleitos pelo PSD-Madeira com assento na Assembleia da República, e bem, “começaram o ano de 2020, a questionar e exigir explicações, ao Governo Nacional, sobre a nova taxa criada pela TAP, só tornada pública no passado dia 23 de Dezembro, uma taxa que é, sem margem para dúvidas, mais um assalto aos bolsos (e provocação) dos madeirenses e porto-santenses, em particular às famílias dos estudantes universitários que veem a mobilidade destes cada vez mais restringida”.
“Para além disto, e enquanto todos esperamos pelo cumprimento – até aqui sucessivamente adiado – da promessa dos madeirenses e porto-santenses apenas pagarem, no acto da compra do bilhete, apenas os 86 euros (ou 65 euros, no caso dos estudantes) pelo bilhete, a realidade existente em mais uma quadra natalícia e de final de Ano, foi que os preços praticados continuam a ser elevadíssimos e proibitivos para grande parte das famílias da RAM, mesmo as de classe média, e também já para turistas que deixaram de viajar para a Região e optaram por outros destinos mais económicos”, diz o “Nós, Cidadãos!”.
O comunicado refere que, se esta nova taxa veio, de facto, agravar o custo das viagens aéreas para a RAM, e estamos perante um agravamento que não foi previamente comunicado e que continua sem ser devidamente elucidado pelo Governo da República – o partido NÓS, Cidadãos! lembra que foi o anterior executivo liderado por António Costa que assinou um novo acordo com o
consórcio que detinha a maioria do capital da TAP, passando, agora, o Estado português a deter 50% da empresa, portanto, trata-se inequivocamente de um empresa com capitais públicos – também o Governo Regional, chefiado por Miguel Albuquerque, deve
rapidamente vir a público esclarecer os cidadãos madeirenses e porto-santenses sobre o que aconteceu, e/ou em que situação se encontra o mediaticamente anunciado processo judicial contra a companhia TAP, em Julho de 2018, em que inclusive um escritório
advogados já estava contratado e que iria responsabilizar a companhia por danos patrimoniais à economia madeirense causados pelos “reiterados” cancelamentos e atrasos nos voos de e para o arquipélago, contabilizados, nessa altura, mais de 70 voos cancelados
desde o início do ano de 2018 e que afetaram cerca de 10 mil passageiros.
Afinal, pergunta o partido NÓS, Cidadãos!, “para quando uma qualquer decisão judicial sobre esta matéria, aquela que foi afiançada pelo próprio presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e que deveria impedir os cancelamentos injustificados dos voos da TAP e os preços das viagens praticados para a Região classificados como “pornográficos”? Será que a queixa do Governo Regional ainda está numa qualquer secretária ou gaveta do escritório de advogados avençado? Ou deu entrada no tribunal e já estamos na fase das diligências que se destinam a recolher os dados necessários para o exercício de prova no âmbito do processo? Ou, vamos todos acreditar que não, ainda nem sequer foi redigida a queixa?”
Perante a ausência de qualquer informação sobre o vaticinado processo instaurado à TAP pelo presidente do Governo Regional, a continuidade da prática de tarifas elevadas e a somar agora a implementação de mais uma taxa injustificada, o partido Nós, Cidadãos!
sugere ao presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que sejam prontamente levadas a cabo duas medidas; a interdição de qualquer membro do executivo regional de viajar, em serviço oficial, na TAP (excepção só no caso de não existir alternativas e de imperiosa e justificada necessidade em viajar no dia e na companhia em questão); e a aplicação na Região de uma promessa de um ex-primeiro-ministro do PSD, de nos voos para Portugal continental e outros destinos na Europa, os membros do executivo regional utilizariam apenas a classe económica, poupando desta forma, também algum dinheiro ao erário público.