Foi um Miguel Albuquerque diferente, mais pessoal, aquele que hoje esteve no programa da Cristina Ferreira, na estação televisiva SIC. Com declarações surpreendentes e uma poncha que o presidente do Governo fez e diz que “em anos normais, bebemos 365” para expressar que existe sempre uma razão para a bebida típica da Madeira. Foi uma entrevista com brincadeira à mistura enquanto Albuquerque metia “mãos à obra” no “pau da poncha”, conhecido por outra denominação que fez aumentar o volume das gargalhadas da conhecida apresentadora.
O presidente do Governo Regional abordou o seu gosto pelas flores e a sua apetência pelo piano, tocou com Vânia Fernandes a cantar e recordou os 19 anos que esteve na Câmara do Funchal. Falou da infância e da família, falou se si e da relação com os outros. Outros falaram de si, exemplos do irmão Luís Albuquerque, enólogo, e Paulo Prada, amigo e administrador do grupo Pestana.
Muito mais a sério, não fugiu à questão que Cristina Ferreira colocou sobre os boatos relacionados com problemas de toxicodependência. Conta que teve um problema renal e “houve necessidade de colocar um cateter, e nessa altura houve uma coisa que nunca falei sobre isso. Do ponto de vista político, começaram a lançar um boato terrível, nojento, de pessoas sem escrúpulos, que eu era toxicodependente. Nunca falei disso, são profissionais da calúnia e da difamação, foi constrangedor e muito triste. Não vou dizer que não me afetou, mas afetou-me sobretudo porque tenho seis filhos, duas netas e nunca tive nada a ver com isso. É uma calúnia vergonhosa, uma nojentice, teve impacto na família, os miúdos sentiram isso. É difícil combater este tipo de campanhas porcas na internet, são feitas de forma cobarde e não se consegue desmontar. Felizmente, a maior parte das pessoas conhece-me”.