PAN solidariza-se com os Vigilantes da Natureza

Foto de arquivo

O PAN Madeira veio hoje solidarizar-se publicamente com os Vigilantes da Natureza da RAM, “que viram o Governo Regional apresentar uma proposta de carreira (cujo teor será aprovado), de forma unilateral, sem atender a qualquer uma das reivindicações apresentadas pela classe, que não só não a valoriza como a prejudica”.

Diz o PAN que a estrutura da carreira não motiva os seus profissionais, passando pela tabela remuneratória, que fica abaixo da actual carreira, à não actualização do subsídio de risco que se mantém inalterado há mais de 30 anos, até à recusa peremptória em adicionar este valor ao vencimento. Foi aumentado, algo que não era feito há mais de 20 anos, em €5,00 o suplemento de “penosidade”, o que é revoltante, sobretudo para quem fica, ao contrário de todos os outros funcionários do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, durante todo o ano, por períodos de 15 dias, longe dos familiares e em circunstâncias muito limitadas de bem-estar, salienta comunicado deste partido.

As condições de transporte para as ilhas, afirma esta força política, “são péssimas, sobretudo para as Selvagens, uma vez que a embarcação da marinha foi feita para navegar em rios – e não em mar aberto”, sendo os Vigilantes da Natureza colocados à proa e no chão do navio, “fazendo com que quando o mar se encontre mais agitado a viagem se torne num tormento”.

Por outro lado, pretende-se ainda que esta classe verifique o estado dos equipamentos e realize os esforços para a sua manutenção e acompanhamento, para os quais não se encontra, naturalmente, habilitada. O PAN Madeira, devido às causas que defende, considera que a carreira de Vigilante da Natureza é a primeira linha de defesa do património natural do arquipélago. É por estas razões que promete tudo fazer para melhorar as carreiras dos Vigilantes. “Como nota final se dirá que a defesa desta classe pela nossa parte apenas é possível porque ela não é responsável nem participa na matança bárbara e sistemática das cabras da Deserta Grande”, refere nota às Redacções.