CDU abordou hoje falta de direitos laborais e suas consequências nas famílias

A CDU/Madeira marcou presença hoje na Rua João Tavira, numa acção de contacto com a população, sobre as consequências directas da falta de direitos laborais dos pais e mães trabalhadores na vida dos seus filhos. No final desta acção, a a dirigente Ana Carolina Cardoso, considerou que a vida real das crianças e das suas famílias não é um tema que esteja na ordem do dia, mas é uma questão central.

“As famílias com crianças não precisam de caridade, nem de creches abertas 24 horas. Precisam de emprego estável e com direitos; precisam do aumento geral dos salários; precisam que o horário de trabalho reduza para as 35 horas e que se acabe com a desregulação dos horários; precisam de um plano para erradicar a precariedade; precisam que seja aumentado o tempo das licenças de maternidade e paternidade e que se respeitem e alarguem direitos como a amamentação, a aleitação, a assistência familiar”, referiu. 

Por outro lado, a violência e desumanização dos horários de trabalho, a recusa do horário para acompanhamento aos filhos significa, tantas vezes, colocar as mães e pais perante a decisão de manter o posto de trabalho ou serem acusados de abandono da criança, disse. Há “tantas crianças neste país, que são entregues a familiares, irmãos, vizinhos, a si próprios, porque as mães e os pais não podem deixar de cumprir os horários abomináveis que lhes são impostos. Existem tantas e tantas famílias neste país em que a desregulação dos horários corresponde à intermitência dos afectos, das rotinas de acompanhamento das crianças, não permitindo condições de desenvolvimento harmonioso a crianças e jovens”.

Para a CDU, maternidade e paternidade são sempre, mas sempre, vistas como “menor disponibilidade” e “obstáculos” à disponibilidade dos trabalhadores. Ora, “são os filhos dos trabalhadores que pagam o preço desta factura”.