BE refere que estudo encomendado a Lisboa “é afronta do Governo Regional à Universidade da Madeira”

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Paulino Ascenção diz que estudo encomendado pelo Governo é atestado de incompatência à Universidade e à Direção de Estatística.

O Bloco de Esquerda emitiu, hoje, uma nota sobre a adjudicação, por parte do Governo Regional, a empresa de sondagens de Lisboa, de uma “avaliação da realidade social, cultural e económica dos municípios” da Madeira, considerando que o Executivo Madeirense que se trata de “uma afronta e um atestado de incompetência à Universidade da Madeira, à Direção Regional de Estatística e, indiretamente, ao próprio Governo Regional que tutela a DRE”.

Refere a nota do BE que “após 40 anos de governo o PSD ainda não conhece a realidade social, cultural e económica dos municípios da Madeira? Os sucessivos governos de “boas famílias” estão assim tão desligados da realidade social da região que governam para dependerem de tal estudo? Qual a utilidade de fazer este estudo em final de mandato, já não será este Governo Regional, mas sim o que resultar das próximas eleições que vai ter oportunidade de fazer uso do conhecimento resultante. Portanto deveria ser o próximo governo a decidir se quer um estudo e os parâmetros que devem balizar os trabalhos a efetuar”.

O Bloco questiona: “Porquê adjudicar este trabalho a uma empresa conhecida por fazer sondagens, que não apresenta no seu historial no portal dos contratos públicos registo de experiência prévia em trabalhos com este âmbito?  O objeto vago do contrato “avaliação da realidade social, cultural e económica…” parece ser apenas uma capa para tentar encobrir a compra de sondagens simpáticas para o PSD e manipular os eleitores. Porquê adjudicar este estudo a uma empresa de Lisboa? Não há na Madeira gente competente para desenvolver os trabalhos em causa e até mais familiarizada com a realidade objeto do estudo? Não existem jovens madeirenses qualificados nas áreas do saber pertinentes para o estudo em causa – cultura, sociologia, economia, psicologia – com poucas ou nenhumas oportunidades de trabalho na sua terra?