O Sindicato dos Professores da Madeira já recebeu uma proposta da secretaria regional da Educação no sentido de abrir portas à negociação e dar um passo em frente no impasse que vinha sendo registado nos últimos tempos e que tinha já levado à greve, sendo que hoje é o primeiro dia dessa forma de luta.

Hoje, a direçao do SPM deu conta, em nota enviada à comunicação social, que “regista com agrado a receção de uma  proposta de decreto legislativo regional que define os termos e a forma como se processa a recuperação do tempo de serviço prestado em funções docentes não contabilizado para efeitos de progressão, entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 (854 dias) e entre 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2017 (2.557 dias), num total de 3.411 dias”.

O Sindicato aponta que “embora não corresponda, na íntegra, ao modelo defendido pelos sócios do SPM, permite, contudo, dar início ao processo negocial para a regulamentação da recuperação do tempo de serviço dos períodos de congelamento, reivindicação transversal à grande maioria dos docentes”. Por esse facto, refere que “tal como previsto no Pré-aviso de Greve às Avaliações, este sinal positivo dado pela SRE poderá ser visto como uma resposta às exigências dos docentes e, consequentemente, levar ao levantamento da greve iniciada hoje”.

No entanto, diz a direção sindical, “ainda que esteja mandatada pela Assembleia Geral de sócios realizada no dia 25 de maio, não poderia deixar de ouvir, ainda que de forma rápida, os seus sócios sobre uma matéria tão importante para o futuro da carreira docente da RAM”. É sentido que o Sindicato dos Professores da Madeira “irá desenvolver um processo de auscultação dos seus sócios, através de um inquérito online, durante 24 horas, a fim de decidir pelo levantamento ou não da greve a todas as atividades de avaliação. Após a análise dos resultados obtidos nessa consulta, a Direção do SPM tomará uma decisão quanto à continuidade ou não da greve hoje iniciada”.