Costa veio à Madeira e só abordou 4 dos assuntos pendentes com a República

Miguel Albuquerque
Miguel Albuquerque não aceita “chantagens” de Lisboa.
Governo Regional
O debate mensal, na ALRM, versa os assuntos pendentes com Lisboa.
Governo Regional
Rui Barreto critica posicionamento da República e da Madeira.
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Élvio Sousa abordou o que considerou ser “uma dívida” do Grupo Pestana ao Fisco, no valor de 16 milhões de euros.

Rui Marote

O presidente do Governo Regional disse hoje, durante o debate mensal, na Assembleia Legislativa Regional, que a deslocação do primeiro ministro à Região permitiu a abordagem, apenas, de quatro dos 22 assuntos que a Madeira tem pendentes com a República. Mobilidade, com teto de 25,5 milhões, Hospital com garantia de pagamento de 50%, juros da dívida mais baixos, mas condicionados à mobilidade e dívidas dos subsistemas de Saúde assumidas por Lisboa.

Os temas pendentes formam o mote para este debate mensal, sendo que os juros da dívida e o Hospital estiveram na linha da frente dos temas alvo de abordagem entre Costa e Albuquerque, que tiveram algum passo em frente, pelo menos assim se pensa, quando o primeiro ministro reafirmou o apoio ao financiamento dos 50% da nova estrutura hospitalar, ainda que dependente do sim do Conselho de Acompanhamento das Políticas Financeiras. Sobre os juros, Costa também disse ser justo que a Região beneficie de uma redução, tal como acontece com as condições para o País.

Albuquerque e Rui Barreto não aceitam “chantagem” de Lisboa e Victor Freitas, do PS, diz que o Governo aceitou, no início da entrada em vigor do subsídio de mobilidade, um teto de 11 milhões e agora está contra os 25,5 milhões anunciados por António Costa.

Élvio Sousa, do JPP, abordou uma dívida do Grupo Pestana à Segurança Social, no valor de 16 milhões, facto que, por si só, segundo o líder parlamentar dos Juntos pelo Povo, deveria ser impeditivo de candidatura a prestação de serviços, facto que foi rebatido pelo vice presidente do Governo, sublinhando que não se trata de dívida mas sim uma contestação de valores da empresa à Autoridade Tributária.