“Se houvesse vontade de resolver hospital o grupo de trabalho teria sido constituído em maio”, diz a Região para a República

URGENCIAS HOSPITAL NELIO MENDONCA
Numa altura decisiva em matéria de Orçamento de Estado, mantêm-se as divergências Região/República sobre o novo hospital da Madeira.

O Governo Regional, através da secretaria regional da Saúde, emitiu ontem um esclarecimento a declarações do deputado do Bloco na Assembleia da República, Paulino Ascensão, sobre o novo hospital e o respetivo financiamento. Diz o Executivo Madeirense que, a propósito do grupo de trabalho criado pela República, que “se houvesse vontade política efetiva para apoiar o co- financiamento deste hospital, tal como assumido publicamente pelo Sr. Primeiro Ministro,  este grupo teria sido constituído o mais tardar em Maio deste ano, para que a candidatura a Projeto de Interesse Comum fosse aprovada em Junho e as verbas fossem inscritas  no Orçamento de Estado para 2018”.

Na mesma nota, o governo regional reage às acusações de que não teria feito a sua parte no processo, sublinhando que “nos últimos 6 meses foram desenvolvidos os projetos de arquitetura e engenharia,  que tiveram de ser adaptados às novas realidades da Região. Por seu lado, as expropriações estão a decorrer normalmente e escalonadas,  de modo a estarem terminadas para início da obra,  nos tempos legais previstos”.

A Madeira, em vésperas do momento decisivo de aprovação de verbas no Orçamento de Estado, refere “não espera que outra coisa venha a acontecer que não a votação a favor das propostas que estão na Assembleia da República e que claramente colocam verbas no Orçamento de Estado de 2018 para o Novo Hospital da Madeira”. E diz mais: “Não vamos pactuar, nem aceitar, que um projeto estrutural e decisivo para a Madeira e para Portugal seja utilizado permanentemente como arma de arremesso política contra um Governo Regional e sobretudo contra os madeirenses, que são portugueses”.

Para o Governo Regional, esclarecendo o deputado bloquista, “o financiamento do Novo Hospital não ficou resolvido com o orçamento de Estado de 2017 que consagrou a obrigação do Estado em comparticipar em 50 por cento esta infraestrutura. Importa esclarecer, mais uma vez,  que o concurso público internacional  só pode ser aberto  se houver dotação orçamental plurianual inscrita nos dois orçamentos,  regional e nacional”.