O JPP criticou hoje na Assembleia Legislativa Regional o estado de algumas veredas e levadas da Região, considerando que a imagem do arquipélago encontra-se “manchada” pelos sinistros que todos os anos são reportados pela comunicação social, com perda de vidas humanas.

Embora admitindo que muitos acidentes eram evitáveis, por resultarem de descuido e incúria dos próprios visitantes, o deputado Rafael Nunes deu como exemplo do mau estado de conservação, a vereda da Ponta de São Lourenço, “com um varandim de segurança completamente destruído em vários troços. Com cabos partidos, suportes arrancados do chão, que negligenciam completamente a protecção dos caminhantes”.

Par além disso, numa certa arriba não vedada, “toda aquela plataforma aparentemente estável está na realidade sustentada por depressões côncavas que podem ruir a qualquer momento”, afirmou. E é frequente verem-se nesse local turistas junto à berma da rocha.

Esta situação, afirmou, “é um grave exemplo de incúria por parte do Governo”.

“Como é que podemos garantir a segurança quando criamos um conjunto das publicações com os percursos assinalados por lindas fotografias, com percursos maravilhosos, mas que na prática não são mantidos há anos?”, questionou, garantindo que no novo trimestre deste ano houve um novo aumento dos acidentes nos percursos pedestres.

Nos últimos anos, asseverou Rafael Nunes, mais de 20 pessoas perderam a vida nas levadas ou nos percursos pedestres da RAM, na sua maioria, vítimas de acidentes durante caminhadas.

Outro percurso denunciado pelo deputado foi o que se situa entre as Queimadas e o Pico das Pedras, supostamente adaptado para pessoas com incapacidade motora e visual, mas na realidade em condições, isso sim, “de aumentar as estatísticas do serviço regional de protecção civil relativamente aos sinistros em levadas”, caso um invisual se aventurasse a percorrê-lo.